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quinta-feira, 20 de março de 2014

Biocombustível deve crescer 200% no Brasil em 20 anos

A produção atual de biocombustível no Brasil é de 1,3 milhão de barris e a Agência Internacional de Energia (IEA) projeta, para até 2035, um salto neste número para 4,1 milhões. A Agência afirma, ainda, o crescimento no uso do etanol no transporte de 3% para 8% no mesmo período.

Estes dados foram apresentados pelo chefe do departamento de indústria e petróleo da IEA, Antoine Halff, no dia 17, durante o Seminário Internacional de Biocombustíveis, promovido pelo IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis) e WPC (Conselho Mundial de Petróleo), no Rio de Janeiro.

De acordo com o IBP, o objetivo do Seminário é incentivar debates e intercâmbio de ideias e melhores práticas quanto ao uso e a produção de biocombustíveis. De acordo com Halff, o país responderá por 40% da exportação mundial de biocombustíveis; a produção de gás natural irá quintuplicar e o país se tornará o 6º maior produtor de petróleo do mundo, com uma produção diária de mais de 6 milhões de barris por dia.

“O mapa energético no mundo está mudando. Existe uma redistribuição de suprimento e demanda de petróleo e biocombustível e nós vemos o Brasil, hoje, como o pivô dessa transformação”, disse. O país ganhou destaque com quatro capítulos no último World Energy Outlook, relatório editado pela Agência e que serve como referência para o mercado.

Quem também exaltou o potencial brasileiro foi o vice-presidente do WPC, Joszef Tóth, que classificou o país como a “Meca dos biocombustíveis”. “Há muitos lugares no mundo produzindo esse tipo de combustível, mas nenhum em tamanha quantidade e qualidade como Brasil”, destacou.

Durante o Ethanol Summit 2013 – um dos principais eventos voltados para o setor de energias renováveis – no painel “Legislação Europeia para Biocombustíveis: Complexidades e Desafios” , a Europa mostrou-se limitada com relação à produção de biocombustíveis, devido aos critérios locais de sustentabilidade que levam em conta o seu uso apenas para os transportes, no uso da terra e em aspectos sociais.

Acompanhando essa barreira existente na Europa e ainda durante o Ethanol Summit 2013, a deputada do Parlamento Europeu pela Dinamarca, Britta Thomsen, falou da pretensão em criar uma campanha na EU em prol do etanol brasileiro. “Eu gostaria de ver os europeus desenvolvendo tecnologia com os brasileiros. O Brasil é um modelo para os outros países,” disse a deputada.

João Carlos de Luca, presidente do IBP, falou que o país possui condições ideais para manter o mercado de biocombustíveis em alta, como clima e territórios suficientes para plantação. Contudo, estabelecer um marco regulatório e aumentar os investimentos em tecnologia são fundamentais.

Origem, benefício e malefício

O biocombustível – combustível que tem origem orgânica, como etanol, biomassa e biodiesel – é utilizado pelo ser humano desde que o homem fazia uso da lenha (biomassa) como fonte de energia. Porém, a busca, o conhecimento e a melhoria deste combustível foi possível apenas com o desenvolvimento da tecnologia.

O etanol foi criado no Brasil em 1975 com o Proálcool, programa de substituição de combustível derivado de petróleo. Além de diminuir a dependência externa de divisas quando dos choques de preço de petróleo, para o que foi criado, o combustível reduz a emissão de CO2. Mas é importante fazer um balanço do impacto ambiental causado pelos biocombustíveis produzidos a partir de fontes agrícolas: utilização de adubo, pesticidas, água e queima ou rejeição a céu aberto de vinhoto, ácido capaz de contaminar ecossistemas inteiros se não for administrado de forma segura, causam gastos e poluição ao solo.

Os biocombustíveis produzidos a partir da reutilização de óleo têm balanço ambiental mais positivo, porque não poderia ser eficiente em outra ação e evita que tornem-se poluente.

Fonte: Mercado Ético

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