tag:blogger.com,1999:blog-15901209259565948082024-03-05T04:13:16.533-04:00Instituto Eco&AçãoAjudando você na defesa e preservação do meio ambiente!Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12104144792632597128noreply@blogger.comBlogger12126125tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-35809143463361178692019-03-13T10:04:00.001-04:002019-03-13T10:04:02.585-04:00 Viver e não ter a vergonha de ser feliz!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGArLB7ug5Zj4c0hkxk3X3o4lEAFCoX6zJ219xBHq6W-37CTDqgDwPhakjlnP9-MCaHw38bo0ngK9qYBTGNSGT7PMG4QzJmSRL4QGyY_UZz0hg_LaKg5qESRUGIwoxRyQBVTIvqK4lwLU/s1600/carta+de+amor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="424" data-original-width="748" height="181" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGArLB7ug5Zj4c0hkxk3X3o4lEAFCoX6zJ219xBHq6W-37CTDqgDwPhakjlnP9-MCaHw38bo0ngK9qYBTGNSGT7PMG4QzJmSRL4QGyY_UZz0hg_LaKg5qESRUGIwoxRyQBVTIvqK4lwLU/s320/carta+de+amor.jpg" width="320" /></a></div>
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Deparei-me, em uma rede social, com esta cartinha escrita por uma menina de 13 anos. Colei-a no final do meu texto. Li e reli várias vezes, tentando entender as entrelinhas. Um desabafo triste que contem a dor que grande parte dos adolescentes carrega no peito.<br />
<br />
Uma menina que redige bem e que, apesar da tenra idade, fala de crises emocionais, de tentativa de suicídio, de constante vontade de morrer...<br />
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<br />
Uma menina que – assim como tantas outras – deveria estar focada na alegria da reencarnação. Mas que, por vários motivos, não se sente confortável em sua trajetória neste Planeta.<br />
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Quer ir embora, voltar para o Mundo Espiritual, sem entender seu projeto de vida.<br />
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Claro que sentimos saudade de Casa. Nosso espírito está aqui de passagem, preso num corpo que realmente aprisiona, numa experiência de aprendizado e provas constantes.<br />
<br />
Mas, menina linda, pedimos tanto pra reencarnar! Fomos auxiliados na elaboração de um projeto maravilhoso de vida que obteve aprovação da Espiritualidade Superior. Aterrissamos com a companhia constante de nosso Anjo da Guarda, um parceiro incondicional para facilitar nossa estada na Terra. Um fiel escudeiro que nos ampara e orienta, dia e noite...<br />
<br />
Além disso, tivemos a oportunidade de escolher a melhor família para nos receber, albergar, proteger, nutrir... nossos antepassados prepararam os caminhos para facilitar a nossa trajetória...<br />
<br />
E para que tudo isso? Para nos depurarmos, para chegarmos mais perto da Angelitude, a grande meta espiritual.<br />
<br />
Sendo assim, não dá pra abreviar nossa viagem. Há tanto a fazer por aqui! Há um caminho longo e interessante à nossa frente. Há muito amor para receber e dar...<br />
<br />
Precisamos agradecer diariamente a beleza de sermos eternos aprendizes!<br />
<br />
Menina bonita, abra os olhos e o coração! Espante os pensamentos negativos. Mande embora a tristeza!... Foque nos seus vários pontos positivos! Assim como Jesus, você é capaz de fazer milagres porque possui Luz Divina em cada uma de suas células.<br />
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Crises existenciais passam e são melhormente enfrentadas quando dividimos nossas dores e problemas com as pessoas que nos cercam, que nos amam, que apostam no nosso progresso.<br />
<br />
Fique com a pureza da resposta das crianças, da música linda composta por Gonzaguinha: <i><b>“Eu sei que a vida poderia ser bem melhor e será; mas, isso não impede que eu repita: é bonita, é bonita e é bonita!!!”</b></i><br />
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Cartinha apócrifa encontrada casualmente em uma rede social:<br />
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<i><b>“... é incrível como eu consigo disfarçar tão bem. E ninguém notar diferença alguma em mim ou em meu comportamento. </b></i><br />
<i><b><br /></b></i>
<i><b>Essa semana — semana passada — eu tive cinco crises existenciais, uma em cada dia. Primeiro, foi domingo à noite. No segundo dia, ou segunda-feira, de manhã, levei algumas palavras que me disseram para o coração e me senti muito mal por aquilo. Na terça, quarta e quinta.. foram as mesmas coisas. Não exatamente o que os meus amigos disseram a mim; mas, por coisas que andam realmente me machucando... e muito. </b></i><br />
<i><b><br /></b></i>
<i><b>O tempo todo — quase — eu penso em suicídio. E todas as vezes em que penso nisso, meus olhos começam a se encher de lágrimas. Eu fico pensando em todas as coisas que eu deixaria de fazer... Em todos os que eu iria perder. Tenho ótimos amigos, que me ajudam sempre quando podem, principalmente a Dolores. Tenho um ótimo namorado que tá sempre me ajudando, principalmente quando estou triste. Tenho uma ótima família... e que a maioria deles não sabe que eu tenho problemas e transtornos emocionais. Pelo menos é o que eu acho, hehe. </b></i><br />
<i><b><br /></b></i>
<i><b>Ficaria muito aliviada e feliz se eu morresse. Mas ficaria muito triste por essas pessoas que talvez iriam sentir a minha falta. Sempre falo para meu terapeuta que eu sempre quis saber como é a sensação da morte e como seria o mundo sem mim depois que eu morresse. </b></i><br />
<i><b><br /></b></i>
<i><b>No dia catorze de outubro, eu tentei suicídio. E felizmente fracassei. Mas, no dias seguintes, eu fiz cortes pelo meu corpo. De forma que ninguém os visse. O terapeuta achou melhor que eu começasse a fazer tratamento com um psiquiatra. Mas, acabei não fazendo, pois meu comportamento havia melhorado. Ele contou aos meus pais sobre o que estava acontecendo comigo, pelo o que eu estava passando. Eu me senti muito mal... Eles deixaram de confiar em mim um pouco... A ponto de dizer que se minhas ações ficassem piores, eles iriam ficar o tempo todo de olho em mim. </b></i><br />
<i><b><br /></b></i>
<i><b>Felizmente eu melhorei daquilo, consegui ficar um bom tempo sem pensar em coisas ruins, até comecei a ver os pontos bons em mim...</b></i><br />
<i><b><br /></b></i>
<i><b>Agora tudo aquilo voltou, aquela tristeza que eu tinha deixado para trás tá voltando, aos poucos...”</b></i><br />
<br />
Ana Candida Echevenguá, OAB/RS 30.723, OAB/SC 17.413-A, advogada e articulista, especializada em Direito Ambiental, em Direito do Consumidor e em Direito da Mulher. Coordenadora do Programa Eco&Ação, no qual desenvolve um trabalho diretamente ligado às questões socioambientais, difundindo e defendendo os direitos do cidadão à sadia qualidade de vida e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. email: anaechevengua@gmail.com<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12104144792632597128noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-70832789936085468222018-11-06T12:11:00.000-03:002018-11-06T12:11:01.731-03:00Empresa de surfistas retira mais de 900 toneladas de plástico dos oceanos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6USRVsN08S8r1aJLla2uZwVe39S9DBRh0r00EhgGrNUBZ56xm2bLseauYfoE4UdgbnWwTecoAvBAJrLr24etWZBp2eHcFCryGFQ4D4cGgy_Pufq0xY8p0A3dmU3qTh8flKHED_Db1vPMB/s1600/w.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="666" data-original-width="1000" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6USRVsN08S8r1aJLla2uZwVe39S9DBRh0r00EhgGrNUBZ56xm2bLseauYfoE4UdgbnWwTecoAvBAJrLr24etWZBp2eHcFCryGFQ4D4cGgy_Pufq0xY8p0A3dmU3qTh8flKHED_Db1vPMB/s320/w.jpg" width="320" /></a></div>
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Em menos de dois anos, a empresa 4ocean está criando uma negócio de sucesso com base na retirada de plástico oceânico.</div>
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Na última segunda-feira (5), a 4ocean, empresa de limpeza oceânica sediada em Boca Raton, cidade da Flórida (EUA), anunciou a remoção de cerca de 907 mil quilos de lixo plástico oceânico. O feito foi alcançado quatro meses após a companhia comunicar a retirada de mais de 400 mil quilos do material -, isto em menos de dois anos de fundação da empresa.</div>
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A limpeza da 4ocean é financiada inteiramente por meio da venda de pulseiras de materiais reciclados pós-consumo, entre outros produtos ecológicos. Cada compra remove, no mínimo, meio quilo de lixo do oceano e da costa.</div>
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“900 toneladas de plástico retirado, este é apenas o começo de um compromisso vitalício para proteger o futuro do nosso meio ambiente”, diz Alex Schulze, co-fundador da 4ocean. “Sete dias por semana, durante 365 dias por ano, equipes de quatro capitães e tripulantes, em tempo integral, dedicam-se a limpar bocas de rios, oceanos e costas, tanto acima quanto abaixo da água”, completa.</div>
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O problema que vira renda</div>
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Com fins lucrativos e criada por dois surfistas, o 4ocean dá ao oceano plástico um valor monetário que não se pensava anos atrás. A quantidade incrível de plástico que entra nos oceanos anualmente, estimado em oito milhões de toneladas, faz com que empresas como essa sejam necessárias e prosperem.</div>
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O modelo de negócios da companhia está criando novas possibilidades de trabalho, por exemplo, pagando pescadores para coletar plástico e lixo do oceano ao invés de peixe. Ou seja, está mudando a maneira como as pessoas pensam sobre o problema da poluição plástica.</div>
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Os planos da 4ocean é aumentar suas operações nos Estados Unidos e expandi-las para Bali, na Indonésia, Porto Príncipe, no Haiti, entre outras regiões.</div>
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Fonte: Ciclo Vivo</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-6209529697788066262018-11-06T12:10:00.003-03:002018-11-06T12:10:17.435-03:00Terra perdeu 60% de seus animais silvestres em 44 anos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8L_snUC3FhdlnVLGMypghTosCQJnA7ms9dZZdO6hvnWtmRgly2lCWBU3fptDZqU4J3YeHAYBtq-kwNISAQBpqnwEogrooHEEPNQ1Pw-U_wQn4sjv11YMNe-vsQuoHZMPlFfJr3B1n9G0G/s1600/download+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8L_snUC3FhdlnVLGMypghTosCQJnA7ms9dZZdO6hvnWtmRgly2lCWBU3fptDZqU4J3YeHAYBtq-kwNISAQBpqnwEogrooHEEPNQ1Pw-U_wQn4sjv11YMNe-vsQuoHZMPlFfJr3B1n9G0G/s1600/download+%25281%2529.jpg" /></a></div>
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Relatório Planeta Vivo 2018 revela um grau impressionante de impacto humano no planeta.</div>
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A forma como alimentamos, abastecemos e financiamos nossa sociedade e economia está levando a natureza e os benefícios que ela nos fornece ao limite. É o que diz o Relatório Planeta Vivo 2018 divulgado hoje pelo WWF. O documento apresenta uma imagem preocupante do impacto da atividade humana sobre a vida selvagem, florestas, oceanos, rios e clima do mundo, destacando que a janela de tempo para tomar uma atitude está se fechando rapidamente.</div>
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Um dos indicadores usados no relatório, o Índice Planeta Vivo (LPI), fornecido pela Zoological Society of London (ZSL), que acompanha as tendências na abundância global de vida selvagem, indica que as populações de peixes, aves, mamíferos, anfíbios e répteis diminuíram em média 60% entre 1970 e 2014. As principais ameaças às espécies identificadas no relatório estão diretamente ligadas às atividades humanas, incluindo perda e degradação de habitats e exploração excessiva da vida selvagem.</div>
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“A ciência está mostrando a dura realidade que nossas florestas, oceanos e rios estão sofrendo em nossas mãos. Centímetro por centímetro, espécie por espécie, a redução do número de animais e locais selvagens é um indicador do tremendo impacto e pressão que estamos exercendo sobre o planeta, esgarçando o tecido vivo que nos sustenta: natureza e biodiversidade “, disseMarco Lambertini, diretor-geral do WWF Internacional. O Brasil no cenário global de degradação Neste cenário, o Brasil merece atenção especial. Além da comprovada importância da Amazônia para a regulação do clima da Terra, nosso país concentra a maior biodiversidade do planeta e uma enorme disponibilidade de recursos hídricos.</div>
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Ao mesmo tempo, estamos na região que mais sofre com a perda de biodiversidade. A estimativa é que desde a década de 1970 o tamanho das populações das espécies que habitam as Américas do Sul e Central tenha sido reduzido em 89%. A maior causa desta perda de espécies é o desmatamento e, no nosso caso, ainda somos a maior fronteira de desmatamento do mundo – mais de 1,4 milhões de hectares de vegetação natural são perdidos por ano. Nos últimos 50 anos, 20% da Amazônia já desapareceu. Especialistas indicam que se o desmatamento total alcançar 25%, esse bioma chegará ao “ponto de não retorno”, podendo entrar em colapso.</div>
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O relatório aponta também a região do Cerrado como uma das maiores frentes de desmatamento no mundo. Além de um golpe em nossa biodiversidade, o desmatamento no Cerrado atinge diretamente nossa capacidade hídrica, uma vez que as águas que nascem neste bioma alimentam alguns dos maiores reservatórios de água subterrânea do mundo, além de seis das oito grandes bacias hidrográficas brasileiras. A mudança de uso do solo, principalmente o desmatamento, também é o maior fator de emissão de gases de efeito estufa do Brasil. Entre 1990 e 2013, a mudança de uso do solo foi responsável por 62.1% do total de emissões do país, segundo o Sistema de Estimativa de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG).</div>
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As ameaças às espécies estão presentes em vários biomas brasileiros. A Jandaia-amarela (Aratinga solstitialis), o Tatu-bola (Tolipeutes tricinctus), o Muriqui-do-sul (Brachyteles aracnoides) e o Uacari (Cacajao hosomi) são exemplos de espécies em perigo de extinção em função da perda de seu ambiente natural. O Boto (Inia geoffrensis) é uma espécie em perigo de extinção devido à tendência de redução populacional no futuro, em função da degradação de seu ambiente.</div>
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O Relatório Planeta Vivo 2018 também aborda a importância e o valor da natureza para o bem-estar social e econômico global. Além de ajudar a garantir o fornecimento de ar fresco, água potável, alimentos, energia, medicamentos e outros recursos,estima-se que a natureza forneça ao mundo serviços da ordem de 125 trilhões de dólares a cada ano.</div>
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“Tudo está diretamente conectado. Dos insetos e pássaros que polinizam as lavouras que nos alimentam, passando pelo suprimento de água limpa da qual dependem todas as nossas atividades até o ar que respiramos a cada segundo. A proteção das florestas, dos recursos hídricos, da biodiversidade é também a proteção das pessoas e da nossa sociedade. Comprometer o meio ambiente é comprometer o nosso futuro”, afirma Mauricio Voivodic, diretor-executivo do WWF-Brasil. Isso pode mudar Embora o cenário apresentado no relatório mostre uma realidade aterradora, existe esperança. A natureza possui capacidade de regeneração, mas para reverter a situação atual será preciso muito trabalho e mudanças significativas na forma como nos relacionamos com o meio ambiente.</div>
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<br /></div>
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Em agosto deste ano, por exemplo, após mais de dez anos de ações de preservação e conscientização, pesquisadores do Parque Nacional do Iguaçu comemoraram o aumento de 30% na quantidade de Onças Pintadas (Panthera onca) na região do Parque Nacional do Iguaçu. Caso parecido é o das Baleias Jubarte (Megaptera novaeangliae) que já chegaram à beira da extinção por conta da pesca e hoje voltaram às dezenas de milhares.</div>
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<br /></div>
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O Brasil tem um papel decisivo na redução da degradação ambiental, com mais de 60% de seu território coberto por vegetação natural e com uma posição extremamente importante na produção de alimentos para o mundo, precisamos conciliar estas duas realidades. Estudos mostram que podemos atender as expectativas futuras de produção de alimentos sem derrubar mais nenhuma árvore. Temos 50 milhões de hectares de pastagens degradadas, áreas subutilizadas, perdendo solo, contaminando rios e emitindo mais gases do efeito estufa, que podem ser reabilitadas para a produção, evitando-se mais desmatamento e a consequente perda de biodiversidade e emissões de gases do efeito estufa.</div>
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O Relatório Planeta Vivo 2018 destaca a oportunidade que a comunidade global tem de proteger e restaurar a natureza até 2020, um ano crítico em que os líderes devem medir o progresso alcançado na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e no Acordo de Paris.</div>
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O Capítulo 4 do relatório é inspirado em um artigo científico intitulado “Mirando mais alto para dobrar a curva da perda de biodiversidade“, que sugere um roteiro para as metas, indicadores e métricas que os 196 Estados membros da CDB poderiam considerar para entregar um acordo global urgente, ambicioso e eficaz para a natureza (como o mundo fez pelo clima em Paris), quando se reunir na 14ª Conferência das Partes da CDB no Egito, em novembro deste ano.</div>
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“As estatísticas são assustadoras, mas nem tudo está perdido. Temos a oportunidade de projetar um novo caminho que nos permita coexistir de forma sustentável com a natureza da qual dependemos. Nosso relatório estabelece uma agenda ambiciosa para a mudança. Vamos precisar da sua ajuda para alcançá-lo”, disse o Prof. Ken Norris, Diretor de Ciências da ZSL. Veja aqui o <a href="https://wwf.panda.org/knowledge_hub/all_publications/living_planet_report_2018/">relatório.</a></div>
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Fonte: Ciclo Vivo</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-535269958814545702018-11-06T12:09:00.004-03:002018-11-06T12:09:31.331-03:00A Amazônia está se aproximando de um ponto sem retorno, mas não é tarde demais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRQ0w1lwp-A-2vdmyliJ5QuoFpctuYY2zojZsufY__8kY_TEv7DyCY7YX9KSurybrZIPG6Xtj8pqVc8DbXGuQV5eAM3qLG3sofed-XEd4LM3JDL2gu9ZdkHFqkCZCKlbXPEQg0EHGaQjLm/s1600/20181106-floresta_queimada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="750" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRQ0w1lwp-A-2vdmyliJ5QuoFpctuYY2zojZsufY__8kY_TEv7DyCY7YX9KSurybrZIPG6Xtj8pqVc8DbXGuQV5eAM3qLG3sofed-XEd4LM3JDL2gu9ZdkHFqkCZCKlbXPEQg0EHGaQjLm/s320/20181106-floresta_queimada.jpg" width="320" /></a></div>
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A Amazônia e o ponto de não retorno</div>
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World Economic Forum*</div>
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As florestas do mundo estão encolhendo. Por anos, eles resistiram a um grande impacto humano. Mas de acordo com um novo estudo publicado na revista Science Advances , eles podem estar chegando a um ponto de crise. Se o desmatamento ultrapassar 20% de sua propagação original, a Floresta Amazônica terá atingido o “ ponto de não retorno” .</div>
<a name='more'></a><br />
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No estudo, Thomas Lovejoy e Carlos Nobre tentam estabelecer concretamente esse ponto de inflexão, bem como identificar concretamente o que deve acontecer para que seja alcançado. Essencialmente, eles queriam saber até que ponto o desmatamento poderia progredir antes que o ciclo da floresta da floresta deixasse de apoiar os ecossistemas dentro dele.</div>
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“Se o clima mudar – pelo desmatamento ou pelo aquecimento global – há o risco de que mais de 50% da floresta amazônica se torne uma savana degradada”, disse Nobre à Euronews, enfatizando que nos últimos 50 anos o desmatamento chegou a cerca de 17 milhões de hectares. por cento da vegetação da Amazônia.</div>
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Pelas suas estimativas, seriam necessários apenas três por cento adicionais para tornar a floresta tropical irrecuperável.</div>
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Embora o desmatamento represente um risco iminente e grave para a floresta tropical, não é a única ameaça a esses ecossistemas. As alterações climáticas e o uso do fogo também desempenham um papel importante na ruína em curso desta região. Além de potencialmente dizimar o que restou da floresta tropical (e da fauna que a habita), a degradação do ciclo da água também teria um impacto severo na população humana da América do Sul.</div>
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Apesar dessa previsão sombria, ainda não chegamos ao ponto em que não há como voltar atrás. A Floresta Amazônica pode estar perto do ponto sem retorno, mas ainda não passou. O tipo certo de intervenção humana poderia ajudar a afastar a floresta da desgraça iminente – mas à luz da destruição que já foi feita e da velocidade de sua continuação, acabar com isso não será fácil.</div>
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<br /></div>
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Referência:</div>
<div style="text-align: justify;">
Amazon Tipping Point</div>
<div style="text-align: justify;">
Thomas E. Lovejoy and Carlos Nobre</div>
<div style="text-align: justify;">
Science Advances 21 Feb 2018:</div>
<div style="text-align: justify;">
Vol. 4, no. 2, eaat2340</div>
<div style="text-align: justify;">
DOI: 10.1126/sciadv.aat2340</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://advances.sciencemag.org/content/4/2/eaat2340">http://advances.sciencemag.org/content/4/2/eaat2340</a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
* Tradução e edição de Henrique Cortez, EcoDebate</div>
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<br /></div>
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Fonte: EcoDebate</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-26093958492462719212018-11-06T12:08:00.002-03:002018-11-06T12:08:29.187-03:00Cientistas criam madeira artificial mais resistente à água e ao fogo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGIR4TfSdzOcuzDuv8YsI7Cz7briwQPq1d9blcubC-fWTTOlF-pNLpWsNcoA-kTgVz7TMvqBQ34qbCdUuMfmvUJir508P-ppx9njozPELfdIbeoJQWKUnXWA1L8SvUmrMSuPaIM6hezdDf/s1600/madeira-artificial.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="497" data-original-width="790" height="201" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGIR4TfSdzOcuzDuv8YsI7Cz7briwQPq1d9blcubC-fWTTOlF-pNLpWsNcoA-kTgVz7TMvqBQ34qbCdUuMfmvUJir508P-ppx9njozPELfdIbeoJQWKUnXWA1L8SvUmrMSuPaIM6hezdDf/s320/madeira-artificial.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Um novo estudo da Universidade de Ciência e Tecnologia da China criou uma substância leve que é tão forte quanto a madeira, mas não possui vulnerabilidades ao fogo e à água.</div>
<a name='more'></a><br />
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<br /></div>
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Para criar a madeira sintética, os cientistas, liderados pelo químico de materiais Shu-Hong Yu, adicionaram uma pitada de quitosana, um polissacarídeo encontrado no exoesqueleto de crustáceos, derivado das cascas de camarão e caranguejo, a uma solução de resina sintética (polimérica).</div>
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<br /></div>
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Eles liofilizaram a solução, produzindo uma estrutura com minúsculos poros e canais suportados pela quitosana. Então, aqueceram a resina a temperaturas de até 200 graus Celsius para curá-la, forjando fortes ligações químicas.</div>
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<br /></div>
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O material resultante é tão resistente ao esmagamento quanto a madeira. A liofilização cria canais e poros ainda menores, o que fortalece ainda mais o material. Além disso, temperaturas de cura mais altas aumentam a adesão dentro da resina e a força do material. Por fim, os pesquisadores descobriram que adicionar fibras naturais ou artificiais à mistura também pode ajudar.</div>
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<br /></div>
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Vantagens</div>
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Ao contrário da madeira natural, o novo material não requer anos para crescer.</div>
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Além do mais, repele facilmente a água – amostras embebidas em água e em um banho ácido forte por 30 dias mal enfraqueceram, enquanto amostras de madeira balsa testadas sob condições similares perderam dois terços de sua força e 40% de sua resistência à compressão.</div>
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O material artificial também era difícil de inflamar. Em testes, parou de queimar quando foi removido da chama.</div>
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A nova madeira poderia ser usada para criar embalagens resistentes ao desgaste. Sua porosidade empresta uma capacidade de retenção de ar que poderia torná-la adequada como isolamento para edifícios. Alternativas mais ecológicas para a resina polimérica também podem aumentar o interesse pelo material.</div>
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<br /></div>
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Um artigo sobre o estudo foi divulgado na revista científica Science Advances.</div>
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Fonte: Hypescience</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-40371012488869655022018-11-06T12:07:00.006-03:002018-11-06T12:07:53.173-03:00Clima mortal pode aumentar em 50 por cento até 2100<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQL3Qiv4POay0j83AM-Pdt8PVMRYj-UuB6PsEhkIomB-SjHSFb4x1AedoMnoCac4_0YPqkM5N5wqYD3M8sHLJufBb9seO27ZW_K9DOxHkKXaw7g3bp-49KB-d6tA3hTYUAI9bAkGiRRlV0/s1600/clima.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="793" data-original-width="1190" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQL3Qiv4POay0j83AM-Pdt8PVMRYj-UuB6PsEhkIomB-SjHSFb4x1AedoMnoCac4_0YPqkM5N5wqYD3M8sHLJufBb9seO27ZW_K9DOxHkKXaw7g3bp-49KB-d6tA3hTYUAI9bAkGiRRlV0/s320/clima.jpg" width="320" /></a></div>
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As secas, ondas de calor, incêndios florestais e enchentes sem precedentes do último verão no hemisfério norte foram relacionados às condições atmosféricas resultantes do rápido aquecimento do Ártico. Com o contínuo aquecimento global, as condições que geram esse tipo de clima extremo destrutivo e duradouro se intensificarão em média 50 por cento e poderão chegar a 300 por cento, revela novo estudo no periódico Science Advances.</div>
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Os incêndios florestais da Califórnia, nos EUA, e a onda de calor na Europa foram os piores de todos os tempos. Os incêndios florestais sem precedentes no Ártico e enchentes no Japão também estão ligados a uma corrente de jato mais lenta que mantém os sistemas climáticos imobilizados, afirma Michael Mann, cientista climático da Universidade do Estado da Pensilvânia e autor principal do estudo.</div>
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Não foi só o último verão. As secas do Texas e Oklahoma, também nos EUA, em 2011, as enchentes europeias em 2013, os incêndios florestais da Califórnia em 2015 e os incêndios florestais de Alberta, no Canadá, em 2016 estão todos relacionados a um Ártico mais quente que está interferindo no fluxo da corrente de jato.</div>
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“Estamos observando os impactos das mudanças climáticas se desenrolarem em tempo real em nossas televisões e no noticiário”, conta Mann.</div>
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Esses eventos ficarão cada vez mais frequentes e intensos com a ocorrência contínua da queima de combustíveis fósseis, explica ele. “As coisas podem piorar muito se não forem implementadas medidas imediatas para a redução das emissões de carbono”.</div>
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Esse estudo é revelado ao mesmo tempo em que uma nova pesquisa publicada na revista Nature sugere que os oceanos do planeta vêm absorvendo mais calor nos últimos anos do que se supunha. O que isso implica é que o planeta poderia estar caminhando para um aquecimento ainda mais acelerado em consequência das emissões de gases do efeito estufa, o que, por sua vez, poderia afetar ainda mais o clima.</div>
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Um rio aéreo</div>
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Os ventos de elevada altitude do oeste para o leste, conhecidos como corrente de jato, são deslocados pela diferença de temperatura entre o ar gelado do Ártico e o ar quente dos trópicos. O Ártico está aquecendo duas a três vezes mais rapidamente do que qualquer outro lugar, o que reduz a diferença de temperatura e desacelera a corrente de jato. Como um rio que corre devagar, uma corrente de jato mais lenta também se torna sinuosa e pode chegar a parar por semanas, às vezes, durante o verão.</div>
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As projeções de modelos climáticos sobre a frequência com que a corrente de jato ficará estagnada e provocará eventos extremos a partir de agora até o ano de 2100 variam de um leve declínio até um aumento de 300 por cento, disse Kai Kornhuber, coautor do estudo e pesquisador do Instituto de Pesquisas sobre os Impactos Climáticos de Potsdam, na Alemanha. Não existem dados suficientemente sólidos em longo prazo—e os diversos modelos climáticos tratam de forma diferente as complexidades da nebulosidade futura e de partículas minúsculas chamadas de aerossóis provenientes da poluição atmosférica—disse Kornhuber em uma entrevista.</div>
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“No entanto um aumento de 50 por cento é muito provável e essa estimativa é provavelmente conservadora”, conta.</div>
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O papel importante do carvão</div>
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A desativação de usinas a carvão minimizaria futuramente a probabilidade de verões como o de 2018, também demonstra o estudo. As usinas a carvão são uma importante fonte de dióxido de carbono (CO2), que aprisiona o calor do Sol. Elas também são uma fonte expressiva de poluição atmosférica na forma de pequenas partículas ou aerossóis que refletem parte do calor do Sol, causando resfriamento local.</div>
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<br /></div>
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“A redução da poluição atmosférica de países industrializados poderia efetivamente restaurar parte da diferença de temperatura natural entre as latitudes médias e o Ártico”, afirma Stefan Rahmstorf, coautor do estudo e cientista climático do Instituto de Pesquisas sobre os Impactos Climáticos de Potsdam.</div>
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E isso contribuiria para evitar um futuro aumento de paralisações na corrente de jato e de eventos meteorológicos extremos associados. “Se quisermos evitar que perigosos eventos meteorológicos se acentuem, a redução rápida do uso do carvão seria uma ideia muito boa”, afirmou Rahmstorf em um comunicado à imprensa.</div>
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perigosos eventos meteorológicos se acentuem, a redução rápida do uso do carvão seria uma ideia muito boa”, afirmou Rahmstorf em um comunicado à imprensa.</div>
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Fonte: Ambiente Brasil</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-90002282059916582182018-11-06T12:06:00.002-03:002018-11-06T12:06:42.050-03:00A gigante nuvem tóxica que se avate sobre a capital mais poluída do mundo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWu5Hpbj4Q2EUz4q_-l_nGata58oSkOucIGg_1tCciG5Ob-rpkC-R_17yPbmRtsg-l5hXh6ACSKmpmU6yy-9pFmKp2LW-22F0v2lZJ_7QrIPAFvRVZvIp2xPlV-5Vogl6tEc8-54RBx7eM/s1600/toxicaa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="800" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWu5Hpbj4Q2EUz4q_-l_nGata58oSkOucIGg_1tCciG5Ob-rpkC-R_17yPbmRtsg-l5hXh6ACSKmpmU6yy-9pFmKp2LW-22F0v2lZJ_7QrIPAFvRVZvIp2xPlV-5Vogl6tEc8-54RBx7eM/s320/toxicaa.jpg" width="320" /></a></div>
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Os níveis de poluição em Nova Deli, a capital mais poluída do mundo, subiu hoje para a categoria de “emergência”, com registos muito superiores aos que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera “tóxicos”.</div>
<a name='more'></a><br />
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De acordo com o departamento central de controlo da poluição (CPCB, em inglês) da Índia, a capital do país acordou hoje com uma espessa nuvem de poluição, com níveis de partículas PM10 próximo dos 700 pontos em algumas áreas cidade.</div>
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<br /></div>
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As PM10 são um tipo de partículas inaláveis, de diâmetro inferior a 10 micrómetros (µm), e constituem um elemento de poluição atmosférica. Estas partículas no corpo humano podem causar várias doenças, nomeadamente respiratórias.</div>
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<br /></div>
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Às 14h00 (hora local, 08h30 em Lisboa), na área de Hapur, no oeste da cidade, a concentração de partículas era tão elevada que o CPCB qualificou a situação de “severa/emergência”.</div>
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Os níveis de PM10 multiplicaram-se mais de três vezes nas últimas 24 horas, chegando aos 680 partículas por metro cúbico neste mesmo setor, onde no domingo chegou aos 162 pontos.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Níveis altamente tóxicos</div>
<div style="text-align: justify;">
Segundo a OMS, as concentrações com mais de 100 partículas de PM10 por metro cúbico afetam os grupos de risco, a partir de 150 podem afetar a população em geral, mais de 200 é muito prejudicial e a partir de 300 é considerado tóxico.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Isso é absolutamente terrível e assustador. Uma pessoa respira uma média de 23.000 vezes por dia. É isso que estamos a respirar?”, questionou na rede social Twitter a organização ambiental Greenpeace, detalhando que em áreas da capital indiana, como Anand Vihar, registou-se nesta manhã níveis de PM10 de 885.</div>
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Níveis altamente tóxicos</div>
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Segundo a OMS, as concentrações com mais de 100 partículas de PM10 por metro cúbico afetam os grupos de risco, a partir de 150 podem afetar a população em geral, mais de 200 é muito prejudicial e a partir de 300 é considerado tóxico.</div>
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“Isso é absolutamente terrível e assustador. Uma pessoa respira uma média de 23.000 vezes por dia. É isso que estamos a respirar?”, questionou na rede social Twitter a organização ambiental Greenpeace, detalhando que em áreas da capital indiana, como Anand Vihar, registou-se nesta manhã níveis de PM10 de 885.</div>
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Todos os anos, nesta época, a queima dos restolhos (restos de colheita) no norte da Índia e a chegada do frio desencadeiam os níveis de concentração de partículas nocivas no ar.</div>
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<br /></div>
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Em outubro, as autoridades indianas proibiram o uso de geradores até março do próximo ano e pediram um aumento nas tarifas de estacionamento e um reforço dos transportes públicos como medidas para lidar com o aumento previsível da poluição nestas datas. A capital indiana já previa que esta semana começaria um dos períodos de maior poluição, desencadeada pelo uso de fogos de artifício durante o festival hindu de Diwali.</div>
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<br /></div>
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Com cerca de 17 milhões de habitantes, Nova Deli é uma das cidades mais povoadas do mundo e a capital mais poluída do planeta. A Índia concentra 14 das vinte cidades mais poluídas do mundo, segundo a OMS.</div>
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Fonte: AFP e Lusa</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-81875254733250701402018-09-28T14:18:00.005-04:002018-09-28T14:18:39.821-04:00BNDES fornece crédito de R$ 2 bi para energia renovável<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxAq84cggGlUvg-1hnWpyBpuuYOz4LTRCaOAlWY76NCKMVOMUAbD1wAU8Lf6SYv3yHBIrbEJYmgz9TSY0UPx-4sen5Pnt_e9DDj_thyphenhyphenby2G9nXvjgDVEJvoTzgev-kXHRbJ7NllFmHrlJP/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxAq84cggGlUvg-1hnWpyBpuuYOz4LTRCaOAlWY76NCKMVOMUAbD1wAU8Lf6SYv3yHBIrbEJYmgz9TSY0UPx-4sen5Pnt_e9DDj_thyphenhyphenby2G9nXvjgDVEJvoTzgev-kXHRbJ7NllFmHrlJP/s1600/download.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
O banco disponibiliza R$ 2,2 bilhões para aquisição de sistemas de geração de energia solar, eólica e de aquecimento de água por meio de placas solares.</div>
<a name='more'></a><br />
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<br /></div>
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O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou na última quinta-feira (27) novas linhas de crédito para investimento em energias renováveis. O banco disponibiliza R$ 2,2 bilhões para aquisição de sistemas de geração de energia solar, eólica e de aquecimento de água por meio de placas solares.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O lançamento das linhas de crédito ocorreu no Rio de Janeiro e contou com a presença do presidente Michel Temer. Ele afirmou que a promoção de energia limpa e desenvolvimento sustentável é uma “bandeira importante” do seu governo.</div>
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<br /></div>
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A linha de crédito está disponível para empresas de todos os portes, produtores rurais, condomínios, além de pessoas físicas e poderá financiar até 100% do valor total dos equipamentos, com até dez anos para pagar e dois anos de carência. A taxa final para micro, pequenas e médias empresas ficará em torno de 1,3% ao mês.</div>
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<br /></div>
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Durante o evento, o presidente lembrou também a sua passagem pela Assembleia-Geral da ONU, no início da semana.</div>
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<br /></div>
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“Aproveitei a ocasião para reafirmar o compromisso do Brasil com a economia de baixo carbono. Apenas para dar um exemplo, hoje temos a maior reserva marinha ambiental do mundo. Alcança um espaço equivalente à soma da França e Alemanha juntos. Verifiquei quantos e quantos chefes de Estado, de governo, vieram nos cumprimentar por isso. Trata-se, portanto, de um compromisso de princípio que nosso governo tem convertido em ações concretas, como a de hoje”.</div>
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<br /></div>
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Fonte: Ciclo Vivo</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-79654577541792414012018-09-28T14:18:00.002-04:002018-09-28T14:18:10.435-04:00Projeto quer levar coleta seletiva de lixo a 2,5 mil condomínios de SP<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz5cd_RfjALznfX_87GnEbM7_KJa8ofhGWl0gWet_Mld3oOf7E3GOjzoD5yqn_YKhbDzKmoP9W9upcbdr-0fFHxQbZs9cHgSv4-uB3FOIyrRSSTD1qZ8RAxRhymCY2FYmniCoF9GeJSnvy/s1600/coleta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="194" data-original-width="259" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz5cd_RfjALznfX_87GnEbM7_KJa8ofhGWl0gWet_Mld3oOf7E3GOjzoD5yqn_YKhbDzKmoP9W9upcbdr-0fFHxQbZs9cHgSv4-uB3FOIyrRSSTD1qZ8RAxRhymCY2FYmniCoF9GeJSnvy/s1600/coleta.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Iniciativa treina moradores, funcionários e domésticas para gestão de resíduos sólidos; lixo reciclável é destinado a cooperativas</div>
<a name='more'></a><br />
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<br /></div>
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Um projeto da Lello, maior administradora de condomínios do país, quer levar coleta seletiva de lixo para 2,5 mil prédios residenciais na cidade de São Paulo, ABC, Campinas, Jundiaí e litoral do Estado.</div>
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<br /></div>
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A iniciativa, em parceria com o Instituto Muda e com a Yunus Negócios Sociais, visa treinar moradores, funcionários e empregados domésticos dos condomínios para a correta gestão dos resíduos sólidos. O lixo reciclável coletado nos condomínios por meio do projeto será destinado a cooperativas, que farão a reciclagem dos materiais.</div>
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<br /></div>
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O projeto “Lello Recicla” prevê quatro etapas. A primeira é a fase de diagnóstico e adequação da infra-estrutura, por meio da qual é realizada a avaliação do condomínio, especialmente em relação aos locais de armazenamento do lixo, e, na seqüência, haverá a instalação de contêineres e lixeiras.</div>
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<br /></div>
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A segunda fase prevê treinamento dos moradores – sempre no horário noturno, visando a uma maior adesão ao projeto. Os funcionários dos condomínios e empregadas domésticas receberão o treinamento em dias específicos e pré-determinados.</div>
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<br /></div>
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A terceira fase é a coleta de recicláveis propriamente dita, que será programada conforme a necessidade de cada condomínio e terá parte de seu custo subsidiados pela Lello. A última etapa, e a mais importante, no ponto de vista da administradora, é a doação do lixo reciclável para as cooperativas (priorizando as existentes no entorno dos condomínios), proporcionando, desta forma, a geração de renda para as instituições envolvidas.</div>
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<br /></div>
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“Nossa preocupação social e ambiental nos motivou a estudar e a lançar este programa, conscientizando síndicos, moradores e funcionários para a disseminação da educação ambiental. Somente na cidade de São Paulo são produzidas diariamente cerca de 20 mil toneladas de lixo, 80% provenientes das residências, e apenas 2% são destinados a reciclagem”, afirma Raquel Tomasini, gerente de Produtos e Parcerias da Lello Condomínios.</div>
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<br /></div>
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Fonte: Ciclo Vivo</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-33805785714213236472018-09-28T14:17:00.003-04:002018-09-28T14:17:39.448-04:009 em 10 moradores do planeta respiram ar altamente poluído<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4KAH5ND5yYfrxUoIIo8kLlkUDueqpcgKrPnHdL6tYgzecyO7ZEzucjMHZXqsq2-biAj5a_xMkOmNAMeeMS-3uG-JvWnjxKpwOVitINjaHOUzxjsOalPSoRivvqq0UJXMRipds46YYXV7L/s1600/polui%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="683" data-original-width="1024" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4KAH5ND5yYfrxUoIIo8kLlkUDueqpcgKrPnHdL6tYgzecyO7ZEzucjMHZXqsq2-biAj5a_xMkOmNAMeeMS-3uG-JvWnjxKpwOVitINjaHOUzxjsOalPSoRivvqq0UJXMRipds46YYXV7L/s320/polui%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Em encontro de especialistas e gestores de saúde em Brasília, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) ressaltou na terça-feira (25) que a poluição do ar mata 7 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. </div>
<a name='more'></a>Nove em cada dez moradores do planeta Terra respiram altos níveis de poluentes. Organismo da ONU pediu esforço conjunto das nações para combater a contaminação da atmosfera.<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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“Vivemos um cenário alarmante no mundo em relação à qualidade do ar”, afirmou Katia Campos, coordenadora de Determinantes da Saúde, Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Saúde Mental do escritório da OPAS no Brasil.</div>
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<br /></div>
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Com representantes da academia e governo, a reunião na capital federal antecipou a realização em Nova Iorque da Primeira Conferência Global sobre Poluição do Ar e Saúde.</div>
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<br /></div>
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“A ideia é que as deliberações deste evento possam contribuir para uma agenda sistemática de medidas práticas para reduzir os índices de poluição do ar nas cidades do Brasil, contribuindo também para a diminuição dos poluentes em nível global”, acrescentou Campos sobre o encontro em Brasília.</div>
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<br /></div>
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Mais de 4,3 mil cidades em 108 países estão incluídas no banco de dados de qualidade do ar ambiente da Organização Mundial da Saúde (OMS). A plataforma é o banco de dados mais abrangente sobre o tema, com as concentrações médias anuais de material particulado fino (PM10 e PM2.5) nos municípios cadastrados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essas substâncias penetram profundamente no corpo, agravando o risco de acidentes vasculares cerebrais (AVC), doenças cardiovasculares, câncer de pulmão, doenças pulmonares obstrutivas crônicas e infecções respiratórias, inclusive pneumonia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também participam do evento em Brasília membros da ONU Meio Ambiente, Ministério da Saúde, Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério das Cidades, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Ministério do Meio Ambiente, Ministério dos Transportes, Ministério de Minas e Energia, Universidade do Estado de Mato Grosso, Universidade de São Paulo (USP), Instituto Saúde e Sustentabilidade, Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, Procuradoria Regional da República, Instituto Energia e Meio Ambiente e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo.</div>
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Fonte: ONU</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-58913828508460612202018-09-28T14:16:00.003-04:002018-09-28T14:16:51.991-04:00Pesquisas ambientais na Amazônia devem integrar questões socioeconômicas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbsPOWBDXOgGZyaN6VmABA9nY0IRBmlGnVd1N-kYhYN_AZ4C_BNn3_pRSEJ6Qy7jIB0Qxycb2vvHfNX8JGEpe1MhDzXWpk-cC4NL86gpXS7anOCIoNqI8Fma0MXyTWMFCUy3FFqFkdzVNe/s1600/pesquisas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="197" data-original-width="395" height="159" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbsPOWBDXOgGZyaN6VmABA9nY0IRBmlGnVd1N-kYhYN_AZ4C_BNn3_pRSEJ6Qy7jIB0Qxycb2vvHfNX8JGEpe1MhDzXWpk-cC4NL86gpXS7anOCIoNqI8Fma0MXyTWMFCUy3FFqFkdzVNe/s320/pesquisas.jpg" width="320" /></a></div>
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A Amazônia está em transição. A alternância entre períodos de secas seguidos por cheias, uma das características principais da região, está mais espaçada. Estima-se que a cada década a temporada de estiagem ganhe 6,5 dias, ou um mês de seca a mais a cada 40 anos.</div>
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Houve também o crescimento de 30% do fluxo do rio Amazonas, na altura da cidade paraense de Óbidos. A mudança ocorreu nos últimos 25 anos. A região amazônica também está mais quente, e não é pouco. Observou-se um aumento de 0,9 °C na temperatura média do ar, o suficiente para mudar o comportamento de plantas, animais e do ser humano.</div>
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Mudanças no balanço energético e nos ciclos hidrológicos da região têm sido observadas em estudos científicos. Essas mudanças têm impacto profundo na composição da biodiversidade, do solo e também no cotidiano amazônico. Porém, para que haja políticas públicas voltadas ao desenvolvimento social sustentável na região, estudos ambientais na Amazônia devem estar integrados a questões socioeconômicas.</div>
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A avaliação foi feita por participantes no workshop Scientific, Social and Economic Dimensions of Development in the Amazon, realizado em Washington, Estados Unidos, em 24 de setembro. O evento – continuação de outro realizado em Manaus em agosto – foi organizado pela FAPESP em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o Wilson Center.</div>
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Na abertura do workshop, foi apresentado um vídeo com mensagem de Thomas Lovejoy, professor da George Mason University, nos Estados Unidos.</div>
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“A Amazônia tem um ciclo hidrológico que permite gerar seu padrão de chuva. Hoje, esse ciclo está sendo impactado pelo desmatamento, pelo uso excessivo de fogo e pelas mudanças climáticas. Com isso, existe o risco de chegarmos a um ponto de inflexão, quando o desmatamento estiver prestes a atingir um determinado limite a partir do qual regiões da floresta tropical podem passar por mudanças irreversíveis”, disse.</div>
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Em fevereiro deste ano, Lovejoy e Carlos Nobre, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas – um dos INCTs apoiados pela FAPESP no Estado de São Paulo em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) –, publicaram um alerta sobre o assunto na revista Science Advances.</div>
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“Mudanças no balanço energético e em ciclos hidrológicos já são observadas em pesquisas realizadas na Amazônia. Estamos descobrindo e monitorando essas mudanças. Porém, para conseguir que políticas públicas sejam feitas para a região, é preciso integrar aos estudos científicos aspectos socioeconômicos críticos para a sustentabilidade da região”, disse Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais.</div>
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Mudanças no ciclo de cheias e secas afetam a biodiversidade e o cotidiano na região. “Nem todas as plantas são adaptadas ao período de seca prolongado. Com isso, a composição da biodiversidade acaba sendo alterada e ocorre maior mortandade de árvores, por exemplo, o que pode impactar no armazenamento de carbono”, disse.</div>
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Por ser tão extensa, a Floresta Amazônica é capaz de armazenar uma grande quantidade de carbono da atmosfera, questão determinante para o avanço das mudanças climáticas.</div>
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“A Amazônia armazena entre 100 bilhões e 120 bilhões de toneladas de carbono na biomassa. Porém, nos últimos anos, com o aumento da perda de árvores – por seca, enchente e desmatamento –, se uma pequena fração desse montante for para a atmosfera, vão ocorrer grandes mudanças no balanço CO2 atmosférico”, disse Artaxo.</div>
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Eventos extremos</div>
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Registros históricos recentes de dados de chuva e ocorrência de secas e cheias mais intensas comprovam essa transição no bioma. “Foram três secas muito fortes, uma após a outra, em menos de 20 anos. Isso é um indicador grave. Os dados mostram que algo importante está acontecendo”, disse José Marengo, coordenador-geral do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).</div>
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Esses eventos climáticos extremos têm aumentado também o risco de incêndios na floresta.</div>
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“Nem toda a seca é provocada pelo El Niño. Algumas são, outras têm relação com o Atlântico Tropical Norte mais aquecido, como ocorreu em 2005 e 2010. Em alguns casos, quem manda é o El Niño [aquecimento natural das águas do Pacífico], em outros é o Atlântico e em outros os dois vêm juntos, como em 1983 e 1998”, disse Marengo.</div>
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Ele ressaltou, no entanto, que seja por El Niño ou por aquecimento do Atlântico, essa é a parte natural. Não inclui a ação humana. “Se acrescentarmos ao El Niño e ao aquecimento do Atlântico outras condições, como por exemplo o aumento no desmatamento, veremos que a situação pode ser muito mais agravada”, disse.</div>
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As consequências da intensidade de secas e cheias vão além das fronteiras amazônicas. Estima-se que 70% dos recursos hídricos da bacia do rio da Prata, mais ao sul do continente, dependem da evaporação sobre a Amazônia. A transição passada pela Amazônia e o impacto em seu ciclo hidrológico, portanto, podem ter consequências importantes no agronegócio das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, assim como na Argentina.</div>
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Marengo também defende a necessidade de maior integração entre as pesquisas. Ele foi coordenador do projeto Metrópole, iniciativa internacional que estuda estratégias de adaptação aos impactos das mudanças climáticas. O estudo, realizado na cidade de Santos (SP), estimou perdas econômicas, modelagem dos extremos climáticos e impactos na saúde.</div>
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“Poderíamos fazer algo nesse sentido na Amazônia. A previsão é de significativo aumento dos eventos extremos na região nas próximas décadas”, disse.</div>
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Outra participante do workshop, Rita Mesquita, pesquisadora do Inpa, concorda com a necessidade de maior integração.</div>
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“Os estudos precisam ser interdisciplinares. Modelos sociais, econômicos e ambientais nem sempre têm os interesses alinhados. Mas só quando colocarmos todos esses aspectos juntos, poderemos avançar em questões de sustentabilidade”, disse.</div>
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Estimar a ação do homem</div>
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Questionado pela plateia sobre qual seria a o peso do efeito antrópico nas queimadas na Amazônia, Artaxo respondeu: “100%. Mesmo nos períodos de seca, trata-se de uma floresta úmida, onde é difícil fazer e manter o fogo”, disse.</div>
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A destruição da floresta por queimadas tem se mostrada muito mais significativa que o corte para a exploração madeireira. “O fogo é a maneira mais eficiente para destruir”, disse Douglas Morton, do Goddard Space Flight Center, da Nasa, durante sua fala no workshop.</div>
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“O Brasil foi um dos líderes no monitoramento do desmatamento. Sistemas como o Prodes e o Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) criaram uma base, com dados históricos, mas é preciso ir além, com mais investimento”, disse.</div>
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Morton coordena um projeto para medir a degradação das florestas. Nele aviões sobrevoam a Floresta Amazônica para identificar a degradação em três etapas (alturas) da floresta.</div>
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Além disso, como Morton comentou, a Nasa dispõe de 20 satélites de monitoramento, com dados abertos. “Os satélites dão padrões sobre o que está ocorrendo. Temos modelos para previsões que podem servir para a criação de políticas públicas”, disse.</div>
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No evento em Washington, pesquisadores apresentaram outros resultados de projetos apoiados pela FAPESP, para uma plateia formada por cientistas e representantes de ONGs e de agências norte-americanas ligadas ao meio ambiente. A intenção foi trocar experiência para no futuro elaborar colaborações internacionais no estudo da Amazônia.</div>
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Fonte: Agência FAPESP</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-24754750566377340102018-09-28T14:16:00.000-04:002018-09-28T14:16:11.187-04:00New York Times destaca artigo de pesquisadores da Coppe <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8a3yC5xHwIqg6nhSDekqsE_DHXtvHOM79o5Ylfp-0HnfoS-wFFlZRH0u1DaDXkvyIOw1VsUSk-DUZFWxpgH-PqBlwesw0Peaj3ZvSrIYlaK0JfCOzVDXY7iGEl8wF-jgVRqNtpUzIQo3h/s1600/NYT-COPPE.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8a3yC5xHwIqg6nhSDekqsE_DHXtvHOM79o5Ylfp-0HnfoS-wFFlZRH0u1DaDXkvyIOw1VsUSk-DUZFWxpgH-PqBlwesw0Peaj3ZvSrIYlaK0JfCOzVDXY7iGEl8wF-jgVRqNtpUzIQo3h/s320/NYT-COPPE.jpg" width="320" /></a></div>
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O New York Times deu destaque nesta quarta-feira, 26/9, ao artigo The threat of political bargaining to climate mitigation in Brazil (A ameaça da barganha política para a mitigação climática no Brasil)” assinado pelos professores Roberto Schaeffer, Alexandre Szklo e André Lucena, e pesquisadores Pedro Rochedo, Alexandre Koberle e Regis Rathmann, do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ. </div>
<a name='more'></a>O artigo publicado em julho pela revista Nature Climate Change foi a base da reportagem “The Amazon on the Brink”, que critica a política ambiental do atual governo brasileiro, contrariando o reconhecimento internacional recente obtido pelo Brasil em função da proteção de suas florestas.<br />
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No artigo, os professores da Coppe apresentaram o custo do retrocesso na política ambiental do governo brasileiro. A conclusão dos autores é que as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) assumidas pelo Brasil no chamado “Acordo de Paris” estão em risco, na medida em que o governo desfaz políticas ambientais exitosas levando ao aumento do desmatamento. O artigo também foi assinado pelo professor Eduardo Viola, de Ciência Política, da UnB, e pelos professores Britaldo Soares-Filho, Raoni Rajão e a pesquisadora Juliana Leroy Davis, da UFMG.</div>
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Fonte: Envolverde</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-64644673459700941682018-09-28T14:12:00.002-04:002018-09-28T14:12:28.567-04:00Manguezais da Amazônia armazenam duas vezes mais carbono por hectare que a floresta tropical da região<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEget-4uKl0JbrJ6-co87UdY4qR2aSwlTPC9SngR_fYRtNdb4VlY9E4u8MeIz0iCdIQWR_vJWSA0edJ56OYslwTX6ZSFsYE7Iggg4HeXuab8Mb3KIVqy86_SbFh1Lu1N8s49vYcZPWAw_WpX/s1600/mangrove_forest.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="564" data-original-width="1200" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEget-4uKl0JbrJ6-co87UdY4qR2aSwlTPC9SngR_fYRtNdb4VlY9E4u8MeIz0iCdIQWR_vJWSA0edJ56OYslwTX6ZSFsYE7Iggg4HeXuab8Mb3KIVqy86_SbFh1Lu1N8s49vYcZPWAw_WpX/s320/mangrove_forest.jpg" width="320" /></a></div>
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Os cientistas determinaram, pela primeira vez que, os mangues costeiros da Amazônia, crescentemente desmatados para pastos de gado e produção de de camarões, armazenam significativamente mais carbono por hectare do que a famosa floresta tropical da região.</div>
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Por Chris Branam*</div>
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O estudo de longo prazo, publicado recentemente na revista Biology Letters, fornece uma melhor compreensão de como o desmatamento de manguezais contribui para o efeito estufa, uma das principais causas do aquecimento global, diz J. Boone Kauffman, ecologista da Oregon State University. quem liderou a pesquisa.</div>
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<br /></div>
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O manguezal brasileiro permeia toda a costa do Atlântico na foz do Amazonas, o maior rio do mundo com a maior floresta de mangue. Embora a preservação da floresta amazônica tenha sido objeto de intensos esforços de conscientização nas últimas décadas, menos atenção tem sido dada aos manguezais da Amazônia.</div>
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Os manguezais representam 0,6% de todas as florestas tropicais do mundo, mas seu desmatamento é responsável por até 12% das emissões de gases de efeito estufa provenientes de todo o desmatamento tropical.</div>
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<br /></div>
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Os manguezais são um grupo de árvores e arbustos que vivem em zonas costeiras intertidais tropicais. Existem cerca de 80 espécies diferentes de árvores de mangue. Todas essas árvores crescem em áreas de solos encharcados, onde águas lentas permitem que sedimentos finos se acumulem. Nesses ambientes, os manguezais sequestram quantidades significativas de carbono, armazenadas por séculos.</div>
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<br /></div>
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Para o estudo, os pesquisadores visitaram nove mangues e três restingas dentro da Amazônia brasileira. A costa do Oregon, como grande parte dos Estados Unidos, possui salinas ao longo de sua costa e estuários. Os pântanos salgados, os mangues e as comunidades de ervas marinhas são coletivamente referidos como “carbono azul” porque possuem vastos reservatórios de carbono e sua conservação é valiosa no que diz respeito à mitigação das mudanças climáticas.</div>
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As florestas de mangue também são importantes para a biodiversidade. Eles são conhecidos como “jardim de infância dos mares”. É aqui que os peixes jovens desovam, se reproduzem e passam as primeiras partes de suas vidas.</div>
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Manguezais de corte raso apresentam outra ameaça: as pessoas que vivem ao longo da costa se tornam mais vulneráveis a tempestades quando são derrubadas, disse Kauffman.</div>
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“Os mangues são importantes para proteção contra impactos de tempestades”, disse ele. “Quando destruímos os mangues, tornamos as populações muito mais vulneráveis a danos e mortes durante tempestades. Mais frequentemente, estas são algumas das pessoas mais pobres do planeta. ”</div>
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<br /></div>
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Os coautores de Kauffman foram Leila Giovannoni, aluna do Departamento de Pesca e Vida Selvagem da OSU na Faculdade de Ciências Agrícolas; Angelo Bernardino e Luiz Eduardo de O. Gomes da Universidade Federal do Espírito Santo em Vitória, Brasil; e Tiago Ferreira, Danilo Jefferson Romero, La Coutinho Zayas Jimenez e Francisco Ruiz da Universidade de São Paulo em Piracicaba, Brasil.</div>
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<br /></div>
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Financiamento parcial para o estudo foi fornecido pela Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional, Programa Sustentável de Mitigação e Adaptação de Zonas Úmidas.</div>
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Referência:</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Carbon stocks of mangroves and salt marshes of the Amazon region, Brazil</div>
<div style="text-align: justify;">
J. Boone Kauffman, Angelo F. Bernardino, Tiago O. Ferreira, Leila R. Giovannoni, Luiz Eduardo de O. Gomes, Danilo Jefferson Romero, Laís Coutinho Zayas Jimenez, Francisco Ruiz</div>
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Published 5 September 2018. DOI: 10.1098/rsbl.2018.0208</div>
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Fonte: EcoDebate</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-80955728992894785392018-09-27T09:45:00.003-04:002018-09-27T09:48:42.961-04:00Economia brasileira será uma das mais impactadas pelo aquecimento global<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxTV-mzvEYmS-c-vfGJGVm7nBCC-7ye7PpaZIzM93T1PyFAQIEu_iyzN9hAbR1InRgrBN-wRyjX8stNZw4S28EDa_WPBY1STrnnfwBKRePl0a0CWo4Hd_FzlbJd_k7voUIrsCX8chpOq02/s1600/economia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="683" data-original-width="1024" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxTV-mzvEYmS-c-vfGJGVm7nBCC-7ye7PpaZIzM93T1PyFAQIEu_iyzN9hAbR1InRgrBN-wRyjX8stNZw4S28EDa_WPBY1STrnnfwBKRePl0a0CWo4Hd_FzlbJd_k7voUIrsCX8chpOq02/s320/economia.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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O principal argumento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para desmantelar vários regulamentos ambientais do paísé econômico. </div>
<a name='more'></a>Ao justificar medidas como a retirada dos EUA do Acordo de Paris, ele afirma que o aumento das emissões de carbono não tem impacto imediato na economia — realizar projetos para mitigar impactos ambientais, por sua vez, custa caro. Em seus discursos, o presidente chegou a sugerir que o aquecimento global seria uma farsa criada pela China para punir a economia dos Estados Unidos.<br />
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<br /></div>
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A explicação de Trump pode até soar extremamente egoísta — estudos demonstraram ser benéfico para os países ricos uma economia embasada em combustíveis fósseis, enquanto os prejuízos se acumulam dos menos desenvolvidos. Mas, além disso, ela também não faz nenhum sentido econômico, de acordo com uma recente pesquisa publicada na Nature Climate Change.</div>
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<br /></div>
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Um grupo de pesquisadores dos EUA e da Itália analisaram diversas fontes de dados, como os mais modernos modelos de projeção do clima, estimativas de impacto gerado por mudanças climáticas, e previsões socioeconômicas de 200 países para determinar o custo para cada um da emissão de uma tonelada de carbono na atmosfera do planeta, que chamaram de Custo Social do Carbono.</div>
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<br /></div>
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Os resultados mostram que a economia da Índia, quarta que mais emite gases de efeito estufa (se for considerar a União Europeia como um país só), é a mais vulnerável à emissão global de dióxido de carbono, com o custo de US$ 86 por tonelada. Os EUA, segundo maior poluidor, vem logo atrás, com o custo de US$ 48 por tonelada de CO² emitida.</div>
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<br /></div>
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Segundo os pesquisadores, locais com o clima mais ameno, como na União Europeia e na Rússia, apesar de serem estarem na terceira e quinta colocação do infame ranking dos maiores poluidores, a economia não deve sofrer grandes impactos.</div>
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<br /></div>
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A China se beneficia por motivo diferente. País que mais contribui com emissões de carbono na atmosfera, é apenas a quinta onde o custo do carbono é mais alto, com US$ 24 por tonelada. Por outro lado, a Arábia Saudita, 14º maior emissor de CO2, é a terceira economia mais impactada, com US$ 47.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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O Brasil, como costuma fazer em rankings negativos, não podia ficar de fora. A economia brasileira tem um prejuízo médio de US$ 24 por tonelada de carbono na atmosfera, o que a coloca como a quarta mais prejudicada.</div>
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<br /></div>
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Os resultados mostram que até o dado utilizado pelo governo norte-americano para embasar suas decisões, da Agência de Proteção Ambiental (EPA), estão incorretos. Da estimativa de US$ 12 a US$ 62 por tonelada de COw prevista para 2020, a nova pesquisa estima um custo global que varia de de US$ 180 a US$ 800. Com base nas emissões globais de 2017, é um peso de mais de US$ 16 trilhões para a economia global.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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“Nossa análise demonstra que o argumento de que os principais beneficiários de reduções nas emissões de dióxido de carbono seriam outros países é um mito total”,disse a principal autora, Kate Ricke, da Universidade da Califórnia San Diego, se referindo aos EUA.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Faz muito sentido, porque quanto maior a sua economia, mais você tem a perder. Ainda assim, é surpreendente quão consistentemente os EUA são um dos maiores perdedores, mesmo quando comparados a outras grandes economias.”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os autores concluem que muitos países ainda não reconheceram o risco representado pelas mudanças climáticas. No entanto, uma compreensão mais clara dos impactos domésticos pode desempenhar um papel no incentivo às nações a unirem forças para agir, em seu próprio interesse, para mitigar a mudança climática.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Todos sabemos que o dióxido de carbono liberado pela queima de combustíveis fósseis afeta pessoas e ecossistemas ao redor do mundo, hoje e no futuro, mas esses impactos não são incluídos nos preços de mercado, criando uma externalidade ambiental em que os consumidores de energia fóssil não pagam e desconhecem os verdadeiros custos de seu consumo “, concluiu Ricke.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fonte: Revista Galileu</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-80702034282189695762018-09-27T09:44:00.002-04:002018-09-27T09:47:37.472-04:00Farinha de grilo e barrinhas de besouros: estes brasileiros apostam em insetos como alimento<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPCy3KIjB4t02Xa05EWappd6xRb2QzY_9O6V8NHHfhJJHLqY3hJk6h4P3zXRk8tHBMG4Ix0iZAN2njx8i8HhbwnODZtnzzbvRlhpGv4eHuv9O7uQWCS_bJviYI_G37LfvWzqI6GEWlk1oC/s1600/_103563700_gettyimages-961285168.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="371" data-original-width="660" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPCy3KIjB4t02Xa05EWappd6xRb2QzY_9O6V8NHHfhJJHLqY3hJk6h4P3zXRk8tHBMG4Ix0iZAN2njx8i8HhbwnODZtnzzbvRlhpGv4eHuv9O7uQWCS_bJviYI_G37LfvWzqI6GEWlk1oC/s320/_103563700_gettyimages-961285168.jpg" width="320" /></a></div>
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Essas caraterísticas têm levado a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês) à valorização de um tipo de alimento que enfrenta grande resistência cultural no Ocidente: os insetos, cuja ingestão ganha o nome de “entomofagia”.</div>
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Pelo mundo, no entanto, surgem exemplos de que esta resistência – apontada como um obstáculo pela própria FAO em um relatório de 2013, um marco na tendência da entomofagia – está diminuindo. Em maio, a rede Carrefour lançou na Espanha uma linha de dez produtos com insetos entre os ingredientes, como granola e macarrão.</div>
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Startups também vêm surgindo nesse nicho, como a Bugfoundation, da Alemanha, que produz hambúrgueres de larvas, ou a Chirps, nos EUA, que vende biscoitinhos salgados de grilos. Há até uma vertente do veganismo que inclui a ingestão de insetos, o chamado entoveganismo.</div>
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Pelo Brasil, há também pesquisadores e empreendedores que apostam na nova onda dos insetos, preparando produtos como barras proteicas de larvas de besouro e grilos banhados em chocolate. Para eles, a entomofagia vai muito além de experiências pontuais exóticas e pode, na verdade, vir a ser um mercado de grande escala – mas nisso, dizem, o país está atrasado.</div>
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Se no mundo, de acordo com a FAO, insetos fazem parte do cardápio de cerca de 2 bilhões de pessoas, o Brasil não tem a tradição de comer insetos como, por exemplo, países da Ásia.</div>
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Mas, por aqui, há algumas tradições pontuais. É o caso do consumo de formigas içás ou tanajuras – que já ganharam até festivais em Tianguá, no Ceará, ou Silveiras, em São Paulo. Ou ainda do consumo das formigas maniwara na Amazônia, que remete a tradições indígenas do Alto Rio Negro.</div>
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Larvas de bicho-da-seda em prato típico da Tailândia; em países ocidentais, a entomofagia enfrenta resistência cultural<br />
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Para Eraldo Medeiros Costa Neto, etnobiólogo que se dedica há anos ao estudo sobre a relação entre humanos e insetos, a questão cultural é ainda a barreira que impede o Brasil de chegar ao seu potencial na entomofagia.</div>
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“Grande parte da população associa os insetos a pragas, a algo nojento. Mas uma vez que essa barreira cultural seja ultrapassada, o Brasil poderia ser uma potência por suas riquezas naturais”, diz Neto, professor na Universidade Estadual de Feira de Santana. “Ainda temos pouco conhecimento sobre insetos comestíveis no Brasil. É preciso fazer uma espécie de inventário e muita pesquisa”.</div>
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Como no mundo todo, porém, os brasileiros podem estar comendo insetos sem saber: um dos corantes mais usados na indústria, o carmim, é feito a partir de insetos chamados cochonilhas.</div>
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O zootecnista Gilberto Schickler mostra prato com insetos<br />
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‘Em 20, 30 anos, acredito que produtos feitos com insetos estarão em grande escala nos supermercados’, aposta<br />
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O zootecnista Gilberto Schickler se dedica há alguns anos a expandir a entomofagia. Empreendedor na área desde os anos 2000, ele oferece hoje consultoria e cursos para interessados na criação de insetos – desde a sua alimentação ao abate e conservação.</div>
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Ele é sócio também na Hakkuna, uma startup que se prepara para lançar no mercado, nos próximos meses, uma barra de proteínas feita com farinha de grilos-pretos, comuns no Brasil. Após passar por testes e uma incubadora, o produto vai recorrer a um formato comumente escolhido para driblar resistências a esse tipo de alimento.</div>
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“Há duas formas de apresentar o inseto. Um é por inteiro, o que gera sentimentos de repulsa à curiosidade. Nós optamos por trabalhar com os grilos triturados, em um tipo de farelo mais grosseiro”, explica Schickler, destacando que o público-alvo prioritário está no ramo fitness.</div>
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“Em 20, 30 anos, acredito que produtos feitos com insetos estarão em grande escala nos supermercados. Mas trabalhamos para que este segmento seja lucrativo e viável no presente. Se não for um negócio para hoje, ele não vai acontecer: já estamos muito atrasados em relação a outros países.”</div>
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Proteínas: em quantidade e qualidade</div>
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No ramo da pesquisa, a doutoranda Ariana Vieira Alves também está prestes a concluir a elaboração de uma barra proteica feita da larva de um besouro do gênero Tenébrio.</div>
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“É um inseto de fácil criação, com um ciclo de vida curto, tornando-o bastante viável para a produção”, aponta Alves, que estuda tecnologia ambiental na Universidade Federal da Grande Dourados.</div>
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“Diferente de outras carnes como a de boi, você consegue modificar bastante (a constituição nutricional) o inseto dependendo do que ele come, onde vive. Sempre digo que o inseto é como um elo entre o animal e o vegetal: é rico em proteínas como o primeiro, não só no teor mas na qualidade, só que com menos gorduras saturadas”.</div>
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FAO destaca propriedades nutricionais dos insetos</div>
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Segundo a FAO, os insetos têm uma grande capacidade de “conversão alimentar”: conseguem transformar 2 kg de alimento em 1 kg de massa corporal, enquanto bois fazem isso em uma escala de 8 kg para 1 kg.</div>
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“Insetos são fontes de nutrientes e proteínas de alta qualidade se comparados à carne bovina e ao pescado (…) São particularmente importantes como suplemento alimentar para crianças que sofrem de má nutrição, pois a maioria das espécies tem alto teor de ácidos graxos (comparáveis ao pescado). Também são ricos em fibras e micronutrientes como cobre, ferro, magnésio, manganês, fósforo, selênio e zinco”, diz o relatório da entidade.</div>
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A agência da ONU destaca também que os insetos produzem menos gases de efeito estufa do que a pecuária convencional, podem se alimentar de resíduos orgânicos e assim reduzir a carga deste tipo de descarte, além de exigir extensões de terra muito menores na criação.</div>
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Associação e congresso para representar a entomofagia</div>
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‘O Brasil poderá ser um dos celeiros da entomofagia’, aposta Oliveira</div>
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Representantes do setor apontam que o consumo de insetos por humanos conta com o pontapé inicial de um segmento mais desenvolvido, o da ração feita com este tipo de alimento para animais, como peixes ornamentais e pássaros.</div>
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Mas, para os entrevistados, um passo importante ainda está por vir: uma regulamentação específica da entomofagia voltada para humanos. Este é um dos objetivos que motivaram a criação da Associação Brasileira de Criadores de Insetos, segundo explica um de seus fundadores, o biólogo Casé Oliveira.</div>
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“A legislação não proíbe, mas isto (a falta de regulamentação) acaba impedindo que o mercado dê um salto além de produções em pequena escala. Enquanto fica na escala artesanal, o que vemos é monopólio e preços altos”, aponta Oliveira, que trabalha com o tema fazendo palestras e recebendo convidados para uma “entoexperiência”, um menu gastronômico composto de insetos. “O Brasil poderá ser um dos celeiros da entomofagia, pelo simples motivo do nosso clima ser muito propício para isso.”</div>
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Associação Brasileira de Criadores de Insetos foi criada, entre outras razões, para estimular regulamentação no setor</div>
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Oliveira e entusiastas da área planejam, para novembro de 2019, o primeiro congresso brasileiro sobre a “antropoentomofagia” – o consumo humano de insetos e seus derivados.</div>
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Por e-mail, a Anvisa explicou que “considerando que o consumo de insetos não possui histórico de uso como alimentos pela população brasileira, as empresas interessadas em utilizar insetos na produção de alimentos devem solicitar junto à Anvisa avaliação da sua segurança”.</div>
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“Caso seja demonstrado que as condições e finalidade de uso desses insetos na produção de alimentos é segura para o consumidor, seu uso é autorizado”, completa.</div>
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Ainda segundo o órgão, no período em que a agência recebeu propostas de temas a serem eventualmente avalidos em sua agenda regulatória para os anos de 2017 a 2020, não houve sugestões referentes ao consumo de insetos por humanos.</div>
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Quais riscos esse tipo de alimento pode apresentar?</div>
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Mas, segundo a FAO, nas condições adequadas, não existem casos conhecidos de doenças transmitidas com a ingestão de insetos por pessoas.</div>
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Segundo Schickler, a entomofagia pressupõe o consumo de insetos criados em cativeiro, e não retirados livremente da natureza – o abate costuma ocorrer com a inserção destes animais em água fervente, como feito com mariscos.</div>
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No entanto, os insetos são maleáveis às condições do ambiente em que estão, acumulando por exemplo pesticidas ou transmitindo agentes biológicos danosos.</div>
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“Os insetos precisam dos mesmos cuidados de produção que outros animais, ambientes limpos, higienizados, com manutenção diária, cuidados específicos de isolamento, cuidados com pragas, fungos, além de umidade e temperatura controladas”, aponta o chef Rossano Linassi, que atua no segmento e é professor no Instituto Federal Catarinense (IFC).</div>
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<br /></div>
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Ele destaca também a necessidade de atenção com alergias, principalmente para aqueles que já têm esta sensibilidade com frutos do mar – que têm composição química parecida.</div>
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Como o sushi?</div>
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O chef Rossano Linassi prepara quitutes</div>
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Linassi acredita em uma transição gradual na aceitação da entomofagia</div>
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Sob condições ideias, Linassi vê um campo inexplorado de gostos e preparos para a entomofagia. Ele faz receitas que vão de grilos cobertos com chocolate a omelete de tenébrios.</div>
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“Acredito que assim como ocorreu com o sushi há cerca de 20 anos, o inseto possa ser incorporado aos poucos à dieta regular da população. Entre mais de um milhão de espécies conhecidas (hoje mais ou menos 2 mil catalogadas como alimento), encontraremos novos sabores, aromas e texturas”, escreveu Linassi por e-mail à BBC News Brasil.</div>
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Neste caminho para os insetos caírem no gosto dos brasileiros, o chef já conhece os rituais de estranhamento.</div>
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“A maioria dos adultos reage com repulsa, principalmente com insetos inteiros, mas muitas vezes eles acabam comendo depois de muito ‘ensaio’. Vários tiram suas selfies e depois dão para seus filhos ou amigos comerem, pois lhes faltou um pouco de ‘coragem’. Rola muitas vezes uma competição entre amigos para ver quem comerá primeiro”, brinca Linassi.</div>
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“Mulheres costumam ser mais ‘corajosas’ e tendem a experimentar mais que os homens. Já as crianças são muito mais receptivas e simplesmente perguntam – pode comer?”</div>
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Fonte: BBC</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-76026749620868760252018-09-27T09:43:00.002-04:002018-09-27T09:48:09.465-04:00Ocupação na Mata Atlântica fez sumir metade das populações de mamíferos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQFIGa7pE5ls6e-UQrML7XkBf-xJqz7vv4xDqcu-mp6GAUJJALs0wee-N8H3QaRI7W92pjscS5cIuz30qDVB6BlqM3ox5E952nvR3QwsR9lT0IQWalITl4WqTyi49j0auUc50ovX5OIa0v/s1600/mata.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQFIGa7pE5ls6e-UQrML7XkBf-xJqz7vv4xDqcu-mp6GAUJJALs0wee-N8H3QaRI7W92pjscS5cIuz30qDVB6BlqM3ox5E952nvR3QwsR9lT0IQWalITl4WqTyi49j0auUc50ovX5OIa0v/s320/mata.jpg" width="320" /></a></div>
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</div>
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Pelo menos metade dos grupos de mamíferos da Mata Atlântica já se encontra, em média, extinta localmente em vários pontos do bioma. É o que mostra um levantamento que analisou pela primeira vez 500 comunidades desses animais ao longo de toda a Mata Atlântica e os impactos nelas provocados por distúrbios humanos desde a chegada dos portugueses ao Brasil.</div>
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A vegetação que cobria toda a costa brasileira hoje está restrita a pouco mais de 12% do seu tamanho original, e vários estudos já haviam documentado a perda de espécies. O novo trabalho, no entanto, publicado nesta terça-feira, 25, na revista PLoS ONE, inova na escala geográfica, ao estimar a situação das espécies de médios e grandes mamíferos de norte a sul do bioma de modo comparativo, mostrando onde a situação está pior e melhor – ou menos pior.</div>
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<br /></div>
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“Não estamos documentando nenhuma extinção em escala regional ou de bioma, mas milhares de eventos de extinções locais”, explica o biólogo Carlos Peres, da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, e um dos autores do trabalho.</div>
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<br /></div>
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Os pesquisadores, liderados por Juliano Bogoni, hoje pós-doutorando na Esalq/USP, trabalharam com um “índice de defaunação” para examinar a perda de espécies entre quase 500 conjuntos de espécies de mamíferos de médio a grande porte ao longo e observaram que os índices são altos – mais de 50% – para a maior parte da Mata Atlântica.</div>
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<br /></div>
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O cenário é pior no norte do Nordeste, onde a defaunação chega a 90%. Em seguida vem a porção mais ao sul do Nordeste, com 85%. O melhor é no Sudeste, com 49% – justamente onde estão os principais remanescentes da floresta no País, em especial os núcleos da Serra do Mar.</div>
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<br /></div>
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“Mas mesmo na Serra do Mar, falar em metade das espécies é um quadro grave. Hoje temos uma pálida sombra do que já foi a majestosa diversidade da Mata Atlântica”, diz Bogoni. Segundo ele, os locais mais defaunados se sobrepõem com as áreas mais antropizadas do interior, pressionadas por atividades como agricultura e silvicultura.</div>
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<br /></div>
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Os grupos mais impactados são os predadores de topo de cadeia e grandes carnívoros em praticamente todo o País, como onças-pintadas e onças-pardas; os meso-predadores – carnívoros menores, como jaguatirica e gato-maracajá, que ocupam o lugar quando as onças somem; e os grandes herbívoros, como as antas.</div>
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<br /></div>
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Peres afirma que os dados mais uma vez reforçam a necessidade urgente de ações para proteger o bioma. “É preciso fortalecer o sistema de unidades de conservação, que são ainda os últimos refúgios de toda essa fauna. Não há conservação sem um voto de compromisso do governo e da sociedade em manter as nossas áreas protegidas”, defende.</div>
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Fonte: Conteúdo Estadão</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-24886908579277376122018-09-27T09:42:00.001-04:002018-09-27T09:42:20.782-04:00Padrões climáticos mais persistentes nos EUA estão ligados ao aquecimento do Ártico; Clima extremo se tornará mais comum<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijyXhJ7OorWK_rDjBuDVjJCc4-erZof1jPJ68zc4S4xdv97t4IWRR47W7fnPLrI2INkQbQLbHsD8ZUe0vGack7LedNaTwZizyeXFMBL7IoujZoKMhzkgJHZiyPFksHIez_yfURHeXO2PYK/s1600/ArcticWeatherimage.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="777" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijyXhJ7OorWK_rDjBuDVjJCc4-erZof1jPJ68zc4S4xdv97t4IWRR47W7fnPLrI2INkQbQLbHsD8ZUe0vGack7LedNaTwZizyeXFMBL7IoujZoKMhzkgJHZiyPFksHIez_yfURHeXO2PYK/s320/ArcticWeatherimage.png" width="296" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Condições meteorológicas persistentes, incluindo períodos secos e úmidos, geralmente aumentaram nos Estados Unidos, talvez devido ao rápido aquecimento do Ártico, de acordo com um estudo conduzido pela Rutgers.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por Todd B. Bates, Rutgers University–New Brunswick*</div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Condições climáticas persistentes podem levar a extremos climáticos como secas, ondas de calor, frio prolongado e tempestades que podem custar milhões de dólares em danos e perturbar sociedades e ecossistemas, diz o estudo.</div>
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<br /></div>
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Cientistas da Rutgers University – New Brunswick e da Universidade de Wisconsin-Madison examinaram dados diários de precipitação em 17 estações nos EUA, juntamente com grandes padrões de circulação de nível superior no leste do Oceano Pacífico e na América do Norte.</div>
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No geral, períodos secos e úmidos com duração de quatro ou mais dias ocorreram com mais frequência nas últimas décadas, de acordo com o estudo publicado on-line na revista Geophysical Research Letter . A freqüência de padrões de circulação persistentes em larga escala na América do Norte também aumentou quando o Ártico estava anormalmente quente.</div>
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<br /></div>
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Nas últimas décadas, o Ártico está aquecendo pelo menos duas vezes mais rápido que a temperatura média global, observa o estudo. A persistência de padrões quentes do Ártico também aumentou, sugerindo que as condições climáticas de longa duração ocorrerão com mais frequência à medida que o aquecimento do Ártico continua, disse Jennifer Francis , professora de pesquisa do Departamento de Ciências Marinhas e Costeiras da Rutgers .</div>
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<br /></div>
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“Embora não possamos afirmar com certeza que o aquecimento do Ártico é a causa, descobrimos que os padrões em grande escala com o aquecimento do Ártico estão se tornando mais freqüentes e a frequência das condições climáticas de longa duração aumenta mais para esses padrões”, disse Francis . na Escola de Ciências Ambientais e Biológicas .</div>
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<br /></div>
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Os resultados sugerem que, à medida que o Ártico continua a aquecer e derreter, é provável que eventos de longa duração continuem ocorrendo com mais frequência, o que significa que os padrões climáticos – ondas de calor, secas, períodos de frio e tempestades – provavelmente se tornarão mais persistentes. disse.</div>
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<br /></div>
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“Quando essas condições duram muito tempo, elas podem se tornar eventos extremos, como vimos com frequência nos últimos anos”, disse ela. “Saber quais tipos de eventos ocorrerão com mais frequência em quais regiões e sob quais condições de fundo – como certos padrões de temperatura oceânica – ajudarão os tomadores de decisão a planejar o futuro em termos de melhorias de infraestrutura, práticas agrícolas, preparo para emergências e retirada controlada. áreas perigosas. ”</div>
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<br /></div>
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Pesquisas futuras expandirão a análise para outras regiões do Hemisfério Norte, desenvolverão novas métricas para encontrar conexões causais e analisarão projeções para avaliar os riscos futuros de eventos climáticos extremos ligados a padrões persistentes, disse ela.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Os co-autores do estudo incluem Natasa Skific, pesquisador associado do Departamento de Ciências Marinhas e Costeiras da Rutgers, e Stephen J. Vavrus da Universidade de Wisconsin-Madison.</div>
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<br /></div>
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Referência:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Francis, J. A., Skific, N., & Vavrus, S. J. (2018). North American weather regimes are becoming more persistent: Is Arctic amplification a factor?. Geophysical Research Letters, 45. https://doi.org/10.1029/2018GL080252</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fonte: EcoDebate</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-12585806226234720142018-09-27T09:41:00.000-04:002018-09-27T09:41:00.803-04:00Pesquisadores investigam técnicas tradicionais de cultivo para viver com escassez de água<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUmSTR_9bHBzxLpMoLRT09-iqYxPYlEYXU2sNIlkx6tBRxxgeULkyNix5aAQOBjeeJRoDrX-BhF_W5I7zyG14byiRCoJTeITkH7EDxEJ588LIPCM4aDatSRC4b_AurV3Dv2YkNzQhITMTi/s1600/pesq.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="660" data-original-width="990" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUmSTR_9bHBzxLpMoLRT09-iqYxPYlEYXU2sNIlkx6tBRxxgeULkyNix5aAQOBjeeJRoDrX-BhF_W5I7zyG14byiRCoJTeITkH7EDxEJ588LIPCM4aDatSRC4b_AurV3Dv2YkNzQhITMTi/s320/pesq.jpg" width="320" /></a></div>
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Incêndios florestais, falta de água e quebra de safra – esses foram os efeitos do verão de 2018 em grande parte da Europa. Os cientistas do clima pedem novas políticas agrícolas, dizendo que os agricultores precisam se preparar para maiores extremos de temperatura e clima.</div>
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Universitaet Tübingen*</div>
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Pesquisadores do Centro de Pesquisas Colaborativas de Tübingen (SFB) ResourceCultures estão investigando como sociedades agrárias no passado aprenderam a lidar com calor e aridez enquanto ainda produziam alimentos.</div>
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“A falta de água é um problema e há muitos exemplos históricos dela”, diz a Dra. Laura Dierksmeier, que está pesquisando economias insulares no início da era moderna como parte de um projeto da ResourceCultures. “Mas, como mostra a história, existem tantas soluções. Podemos encontrar abordagens viáveis para o futuro, olhando para o passado. ”A água como um recurso é um fator importante, aponta Dirksmeier. Sua disponibilidade e distribuição podem, em última instância, sustentar a estabilidade e a cooperação social.</div>
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<br /></div>
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As paisagens Dehesa do sul da Península Ibérica são um excelente exemplo: há milhares de anos, os agricultores de lá tiveram que sobreviver aos longos e secos verões. Em um projeto interdisciplinar, o porta-voz do SFB, professor Martin Bartelheim, e uma equipe de arqueólogos estão trabalhando com antropólogos culturais liderados pelo professor Roland Hardenberg, da Universidade de Frankfurt, para examinar a formação e o uso do Dehesa. Os bosques característicos de carvalhos e oliveiras foram plantados entre 2.800 e 4.000 anos atrás – e sobreviveram a todas as mudanças climáticas desde então. Os animais domesticados nativos – porcos Ibéricos, ovelhas Merino e ovelhas Retinta e caprinos – têm pastado o Dehesa desde a Idade do Bronze. Tanto os animais como a paisagem são ideais para as condições climáticas.</div>
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<br /></div>
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Soluções antigas para o problema do abastecimento de água são o foco dos arqueólogos Dr. Frerich Schön e Hanni Töpfer, liderados pelo professor Thomas Schäfer, em outro projeto que trata de mais de cem cisternas nas ilhas italianas de Linosa e Pantelleria. As cisternas continham entre cinco e 100 metros cúbicos de água. Eles foram cortados na rocha por colonos púnicos do século VIII aC e depois expandidos pelos romanos. Alguns desses poços de armazenamento de água subterrânea ainda estão em uso hoje. Tais sistemas eram essenciais para evitar o transporte de mão-de-obra intensiva, particularmente em áreas com pouca água subterrânea. As cisternas subterrâneas são relativamente fáceis de manter e mantêm a água fresca e limpa. Eles também ajudam a evitar a erosão do solo, recolhendo o excesso de água na chuva pesada.</div>
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<br /></div>
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Os pesquisadores também estão analisando os efeitos da escassez de água a longo prazo nas respectivas sociedades. A historiadora Dra. Laura Dierksmeier, liderada pelos professores Renate Dürr e Jörn Stäcker, está investigando as ramificações econômicas e sociais da escassez de água nas sociedades insulares do final da Idade Média e da Idade Moderna. As ilhas muitas vezes não têm água potável e são, portanto, particularmente vulneráveis.</div>
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<br /></div>
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Dierksmeier encontrou uma conexão clara entre renda e acesso a água limpa. Nas Ilhas Canárias e nas Ilhas Baleares, isso levou a tensões sociais, conflitos e criminalidade. Doenças eclodiram porque não havia água suficiente para higiene pessoal e para manter os hospitais limpos. Crianças e idosos foram os mais afetados. Numa tentativa de melhorar a situação, a água foi alocada a indivíduos em um sistema de cotas. Isso foi feito para garantir que esse recurso escasso chegasse às pessoas que mais precisavam. Mas teve o efeito oposto: um recurso geral lentamente se tornou uma mercadoria a ser vendida pelo maior lance. A “polícia da água” foi introduzida para determinar quem era o dono da água, para verificar a qualidade da água e punir quem a poluísse.</div>
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<br /></div>
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Fonte: EcoDebate</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-64436254497540694042018-09-25T09:15:00.002-04:002018-09-25T09:15:27.118-04:00BNDES capta US$ 100 milhões para energia renovável<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPd1O6-y1O_fAJTBIDfMCC0cxjdFCfvv5K-mxJyYSldgFPVfcr7MV5aNo0MJhqKgl2Vu93jtMMoPv_F28Mg_3vAvJ5cfYdMHN-Wql7hx8ip_KZFIdo1gnhtkSVpbtqz_p6z-4adCD08YNw/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPd1O6-y1O_fAJTBIDfMCC0cxjdFCfvv5K-mxJyYSldgFPVfcr7MV5aNo0MJhqKgl2Vu93jtMMoPv_F28Mg_3vAvJ5cfYdMHN-Wql7hx8ip_KZFIdo1gnhtkSVpbtqz_p6z-4adCD08YNw/s1600/download.jpg" /></a></div>
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Contrato é firmado em apoio a projetos voltados à preservação ambiental.</div>
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os bancos Japan Bank for International Cooperation (JBIC), Mizuho Bank, Ltd e The Bank of Saga Ltd. firmaram na última quarta-feira (19), no Rio de Janeiro, contrato de financiamento no valor de US$ 100 milhões. A operação foi realizada no âmbito da linha Global Action for Reconciling Economic Growth and Environmental Preservation (Green), que apoia projetos voltados à preservação do meio ambiente global, promovendo a redução da emissão de gases do efeito estufa e a geração de energia a partir de fontes renováveis.</div>
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Os recursos deverão ser aplicados em projetos da carteira do BNDES de energia eólica, sendo elegíveis também investimentos em geração de energia renovável a partir de outras fontes, como biomassa e solar, por exemplo.</div>
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<br /></div>
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O contrato de captação é o quinto firmado entre o BNDES e o JBIC, o banco de desenvolvimento japonês, no âmbito da linha Green. Os quatro primeiros foram assinados em 2011, 2014, março de 2015 e dezembro de 2015.</div>
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Parceria</div>
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Desde os anos 50 do século passado, o BNDES opera em parceria com organismos multilaterais e agências governamentais para diversificar e ampliar sua fonte de recursos para financiamentos. O relacionamento entre o BNDES e o JBIC começou em 1962 e, desde então, outros 17 contratos entre as duas instituições já haviam assinados. </div>
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<br /></div>
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O JBIC foi criado em 1999, a partir da fusão do The Export-Import Bank of Japan (J-Exim) e do The Overseas Economic Cooperation Fund (OECF), como uma instituição financeira integralmente controlada pelo Estado japonês. Além de contribuir para o desenvolvimento do Japão, tem o mandato de contribuir também para o desenvolvimento sustentável dos países estrangeiros, fortalecendo, assim, as relações econômicas entre o Japão e a comunidade internacional.</div>
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Fonte: Ciclo Vivo</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-52510444044793308822018-09-25T09:14:00.003-04:002018-09-25T09:14:46.465-04:00Ambientalistas tentam evitar que Belo Monte cause a seca do rio Xingu<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp-1JoHecjhZKCTWJ4Hxy5Y3samIBReacN6WKhMAZL5nORpHsOATcB4_XxAjWhTMUhx4Uh1Tag_64n-uxz-MV1cGbShFy4BpBq_OnRDtMmzHjnRXuTi2Umuowf7mimjBKC-mFdkmPSebWn/s1600/belo_monte.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="758" data-original-width="1600" height="151" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp-1JoHecjhZKCTWJ4Hxy5Y3samIBReacN6WKhMAZL5nORpHsOATcB4_XxAjWhTMUhx4Uh1Tag_64n-uxz-MV1cGbShFy4BpBq_OnRDtMmzHjnRXuTi2Umuowf7mimjBKC-mFdkmPSebWn/s320/belo_monte.jpg" width="320" /></a></div>
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Um estudo publicado em julho deste ano alertou para uma série de impactos à biodiversidade no Rio Xingu em decorrência da usina hidrelétrica de Belo Monte. Com o barramento definitivo do rio em 2015, o fluxo do Xingu passou a ser controlado pela empresa concessionária da usina, a Norte Energia. Com isso, a quantidade, velocidade e nível da água diminuíram, alterando brutalmente o equilíbrio socioambiental na região.</div>
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<br /></div>
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A situação deve piorar a partir de 2019, quando está prevista a finalização da instalação das turbinas, quando estão previstos os chamados testes de hidrograma, reduzirá ainda mais a vazão do rio.</div>
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<br /></div>
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Na tentativa de impedir o início dos testes sem que antes se defina uma medida alternativa que garanta a manutenção da biodiversidade e os modos de vida das comunidades, o Instituto Socioambiental juntamente com a Associação Interamericana para a Defesa do Ambiente (AIDA) enviou nesta quinta-feira, 20 de setembro, um informe que detalha a situação de grave risco socioambiental à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.</div>
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<br /></div>
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De acordo com a nota: “Ao autorizar a construção da Hidrelétrica de Belo Monte em plena Amazônia, o governo brasileiro aprovou, como medida de mitigação, um plano de manejo da vazão do rio Xingu que deixaria as comunidades indígenas e ribeirinhas da região, assim como espécies de plantas e animais sem água suficiente para sua subsistência”.</div>
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<br /></div>
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O plano da empresa, chamado hidrograma de consenso, estabelece o volume de água que passará por uma parte do rio, denominada Volta Grande do Xingu, e o volume que será desviado para a produção de energia.</div>
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<br /></div>
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A ideia é liberar um fluxo mínimo médio de 4,000 m3/s durante um ano e de 8,000 m3/s para o ano seguinte, a partir de 2019, durante a época que seria de cheia, e uma vazão mínima de 700 m3/s para a época de seca.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar disso, o informe enviado à Comissão contém evidência científica e empírica comprovando que esses níveis de água são significativamente menores que os fluxos históricos do rio e não garantem que os peixes e as florestas aluviais possam sobreviver à redução proposta no curto e médio prazo.</div>
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<br /></div>
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As evidências, que incluem informações do próprio Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e do monitoramento feito pelas comunidades, mostra que algumas espécies aquáticas, como os quelônios (tartarugas aquáticas), só podem se alimentar e se reproduzir com vazões mínimas de 13,000 m³/s nos meses de cheia do rio, e, além disso, que o volume proposto para a época seca não garante que o rio continue sendo navegável.</div>
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<br /></div>
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Fonte: Revista Galileu</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-18009526396463319472018-09-25T09:14:00.000-04:002018-09-25T09:14:00.725-04:00Pesquisador quer construir muralha para impedir degelo da Antártida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCpVYgb9SnoRPoOFsSMfFpZUbBAoQ8k0guR_By5qq7pL7pBT9z1ooUcCw1o78UEGwNHcRySm0cPQZXuipg_Q5NnphJuSyKo1V-UphsapNN7m_M4CrZwC3mYzserS3M2-fRUOFZkaOk2od8/s1600/gelo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="719" data-original-width="1280" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCpVYgb9SnoRPoOFsSMfFpZUbBAoQ8k0guR_By5qq7pL7pBT9z1ooUcCw1o78UEGwNHcRySm0cPQZXuipg_Q5NnphJuSyKo1V-UphsapNN7m_M4CrZwC3mYzserS3M2-fRUOFZkaOk2od8/s320/gelo.jpg" width="320" /></a></div>
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Conforme o aquecimento global se agrava, os pesquisadores começam a elaborar soluções cada vez mais drásticas para reduzir os impactos das mudanças climáticas na humanidade.</div>
<a name='more'></a><br />
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<br /></div>
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Michael Wolovick, pesquisador do departamento de geociências da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, tem novos planos que, segundo ele, são “plausíveis dentro das realizações humanas”.</div>
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<br /></div>
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Conforme publicou no Cryosphere, ele quer construir uma muralha nos arredores das geleiras para impedir que o gelo vire água e, assim, impeça o aumento do nível do mar. “Estamos imaginando estruturas muito simples, simplesmente pilhas de cascalho ou areia no fundo do oceano”, disse Wolovick ao The Guardian.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A função dessa barreira seria dupla. A primeira e mais óbvia é deter o deslizamento das geleiras submarina à medida que elas se desintegram nas profundezas. Mas elas também podem impedir que as águas mais quentes atinjam as bases das geleiras sob o mar, o que limitaria o degelo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Wolovick e seus colegas pesquisadores usaram modelos de computador para verificar os prováveis impactos das estruturas que eles acreditam serem necessárias, tomando como ponto de partida a geleira Thwaites na Antártida, com aproximadamente 100 km de extensão, sendo uma das maiores geleiras do mundo.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A criação de uma estrutura de colunas isoladas ou montes no fundo do mar, cada um com cerca de 300 metros de altura, exigiria entre 0,1 e 1,5 km cúbicos de material agregado. Isso tornaria tal projeto semelhante à quantidade de material escavado para formar as Palm Islands de Dubai, que levaram 0,3 quilômetros cúbicos de areia e rocha, ou o canal de Suez, que exigiu a escavação de aproximadamente um quilômetro cúbico.</div>
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<br /></div>
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Derretimento das geleiras</div>
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<br /></div>
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Tudo isso para garantir uma probabilidade de 30% de impedir o colapso descontrolado da camada de gelo no oeste antártico, conforme sugerem os modelos. Projetos com design mais complexo chegam a 70% de chance de bloquear que metade da água quente alcance a parede de gelo, mas seriam muito mais difíceis de realizar em condições adversas como do polo sul.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As geleiras derretendo sob temperaturas crescentes nos pólos têm o potencial de descarregar grandes quantidades de água doce nos oceanos, fazendo com que o nível do mar suba mais rápido do que nos últimos milênios.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Somente a geleira de Thwaites, uma corrente de gelo do tamanho da Grã-Bretanha e provavelmente a maior fonte isolada de futuros aumentos do nível do mar, poderia provocar o derretimento de água suficiente para elevar o nível do mar global em três metros.</div>
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<br /></div>
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Os autores esperam que, ao criar seus modelos experimentais, possam fomentar pesquisas futuras sobre a engenharia necessária para realizar esses projetos, que levariam muitos anos ou décadas para construídos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O próprio pesquisador afirma que esse tipo de projeto serve mais como um remendo, que como solução. “Quanto mais carbono emitimos, menor a probabilidade de que as camadas de gelo sobre; vivam a longo prazo”, disse ele.</div>
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<br /></div>
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Fonte: Revista Galileu</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-88542122218365115862018-09-25T09:13:00.001-04:002018-09-25T09:13:07.658-04:00Veleiro de plástico reciclado no Quênia alerta para perigo ambiental dos descartáveis<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPa4PsXna9skLbYRV0NrGdu26nUwI4prPH_h_QGMHl_8ovxYNhb4TBmGfmqW6640arSGp2bwvbUy3a67_6DXXpPc7-w2qBqRTkYfULd9dUY2P9ks4YDTy0ztYte8lFqcc7VgM7qMhMrlUS/s1600/veleiro.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="630" data-original-width="840" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPa4PsXna9skLbYRV0NrGdu26nUwI4prPH_h_QGMHl_8ovxYNhb4TBmGfmqW6640arSGp2bwvbUy3a67_6DXXpPc7-w2qBqRTkYfULd9dUY2P9ks4YDTy0ztYte8lFqcc7VgM7qMhMrlUS/s320/veleiro.jpeg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
No início do ano que vem, o Flipflopi viajará para Zanzibar como parte de uma campanha, apoiada pela iniciativa Mares Limpos da ONU Meio Ambiente, para espalhar uma “revolução plástica” ao longo do litoral, muitas vezes salpicado de resíduos plásticos de lugares tão distantes quanto a Tailândia e a Malásia.</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEre2aoFlGmmul0aV0WgCG7mokHA9HsTxa-9Hjo0sQnPLlfvzzrQgQOcWH7OWCELb21OIplyujv7z35cHM3htdTV8R_N8UnUYrVssBpLqTotMSZhdGD8DgQtM4Etk94AFdBTf8vdZfhj0x/s1600/boat4.png.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="630" data-original-width="840" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEre2aoFlGmmul0aV0WgCG7mokHA9HsTxa-9Hjo0sQnPLlfvzzrQgQOcWH7OWCELb21OIplyujv7z35cHM3htdTV8R_N8UnUYrVssBpLqTotMSZhdGD8DgQtM4Etk94AFdBTf8vdZfhj0x/s320/boat4.png.jpg" width="320" /></a></div>
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<br /></div>
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A epifania de Ben Morison chegou uma manhã quando ele começou a nadar na costa do Oceano Índico, no Quênia. O operador turístico queniano contou 13 peças de plástico, incluindo garrafas e chinelos, enquanto caminhava para o mar. Com um sobressalto, percebeu o quão degradada a costa que ele amava — e comercializada como um destino dos sonhos — se tornou. Ele teve que agir.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“É muito fácil olhar para a esquerda ou para a direita e esperar que alguém faça alguma coisa, mas eu pensei: ‘o que posso fazer para ajudar a chamar a atenção sobre isso de forma divertida e alegre?’”, disse ele.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A resposta tornou-se o projeto Flipflopi: um plano ambicioso para construir um veleiro tradicional de plástico reciclado e navegá-lo ao longo da costa da África Oriental para espalhar a mensagem de que nossa dependência de plásticos de uso único é um desperdício destrutivo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mais de dois anos depois, essa visão se tornou realidade. Em 15 de setembro, o veleiro Flipflopi, de nove metros, com as cores do arco-íris e artesanato pioneiro feito com 10 toneladas de plástico reciclado queniano, foi lançado da ilha de Lamu em sua viagem inaugural.</div>
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<br /></div>
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No início do ano que vem, o Flipflopi viajará para Zanzibar como parte de uma campanha, apoiada pela iniciativa Mares Limpos da ONU Meio Ambiente, para espalhar uma “revolução plástica” ao longo do litoral, muitas vezes salpicado de resíduos plásticos de lugares tão distantes quanto a Tailândia e a Malásia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Para o fundador da Flipflopi, Morison, e sua entusiástica equipe de voluntários, o veleiro representa tudo o que há de melhor na criatividade e resiliência queniana. Ele demonstra que o descarte de plástico de uso único não faz sentido, ao mesmo tempo em que também se apresenta como um tributo à capacidade de “faça você mesmo” que permeia muitas comunidades em desenvolvimento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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“O ponto-chave da diferença é a liderança africana e o DNA africano”, diz Morison.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Nós nos limitamos expressamente aos recursos disponíveis localmente. Nós construímos este barco com construtores de barcos tradicionais. Não há um computador à vista. Há apenas uma ferramenta elétrica. Poderíamos ter concluído o projeto em cinco meses e levamos dois anos e meio. Isso porque explicitamente queríamos demonstrar que essa reciclagem, essa capacidade de adaptar o plástico, pode ser feita nesse tipo de ambiente”, diz ele.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Flipflopi foi construído a partir de pranchas feitas de plástico reciclado, enquanto o casco e o deque foram cobertos com painéis feitos com cerca de 30.000 chinelos reciclados.</div>
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<br /></div>
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O plástico foi coletado das praias de Lamu e das ruas de Nairóbi, Malindi e Mombasa. Ele foi classificado e depois enviado para usinas de reciclagem, onde foi derretido e remodelado.</div>
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<br /></div>
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“Temos uma indústria de reciclagem de plástico muito jovem no Quênia. É muito low-tech, mas é bom porque está fazendo uma mercadoria de algo que as pessoas poderiam ver como lixo”, diz Morison.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tentativa e erro se tornaram as palavras de ordem enquanto a equipe se esforçava para criar o equilíbrio correto de flexão e rigidez nas pranchas de plástico. O mestre artesão Ali Skanda liderou a equipe de construção de barcos, esculpindo as pranchas com a destreza e habilidade que fizeram seu trabalho ser exibido em vários museus. Skanda vem de uma família de carpinteiros e construtores de veleiros em Lamu, cujas raízes remontam aos primeiros colonos que chegaram à ilha em 1.300.</div>
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<br /></div>
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O uso de chinelos foi uma escolha óbvia para Morison e sua equipe, que inclui o líder do projeto, Dipesh Pabari, e o engenheiro de design Leonard Schurg.</div>
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<br /></div>
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“Cerca de 3 bilhões de pessoas no planeta Terra usam ou possuem chinelos. Eles são o tipo mais onipresente de calçado. São usados por negros, brancos, pessoas da Austrália à América do Norte. Eles cruzam barreiras linguísticas e barreiras de idade. Eles são um conector brilhante”, diz Morison.</div>
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<br /></div>
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O Flipflopi é o capítulo mais recente do esforço do Quênia para se tornar um líder global em lidar com a poluição por plástico. Em agosto de 2017, o país introduziu a mais dura proibição de sacolas plásticas do mundo, com qualquer pessoa produzindo, vendendo ou usando um saco plástico correndo o risco de prisão de até quatro anos ou multa de 40 mil dólares.</div>
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<br /></div>
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A proibição queniana inspirou outros países africanos — incluindo Uganda, Tanzânia, Burundi e Sudão do Sul — a pensar em seguir o exemplo. Ruanda já baniu as sacolas plásticas em 2008.</div>
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<br /></div>
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Morison situa seu projeto diretamente neste contexto de liderança africana em um problema global. “Nosso objetivo sempre foi demonstrar a outras pessoas como você pode usar algo como plástico de uma maneira realmente valiosa. Nós podemos fazer o que quisermos com este barco. Podemos transportar cargas, turistas”, diz ele.</div>
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<br /></div>
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Esta não é a primeira vez que resíduos plásticos são usados para fazer barcos — embora seja a primeira vez que um veleiro tenha sido construído com plástico. Em agosto, ativistas ambientais lançaram um barco feito quase inteiramente de lixo plástico reciclado no rio Tâmisa, em Londres. O barco “PET Project” será usado para coletar lixo plástico do rio. E um cineasta italiano navegou em uma jangada de 1 mil contêineres de plástico em Ischia, na costa de Nápoles, para destacar o problema da poluição por plásticos marinhos.</div>
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<br /></div>
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Morison sabe que poderia simplesmente ter encomendado pranchas de plástico recicladas de outro país, mas acredita que comunidades como as da costa do Quênia precisam de formas viáveis e sustentáveis de reutilizar e reciclar plásticos.</div>
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“Para que isso seja significativo, tinha que ser um projeto queniano. Tinha que ser limitado a seu meio ambiente e ser realizável. Tudo o que fizemos é escalável. Isso pode ser feito em ambientes com poucos recursos.”</div>
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<br /></div>
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À medida que as economias emergentes se desenvolvem na África e no Sudeste Asiático, mais pessoas estão tendo acesso ao estilo de vida consumista e descartável dos países mais ricos. Sessenta por cento de todo o plástico que acaba nos oceanos do mundo vêm de apenas seis países da Ásia.</div>
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“O consumo responsável de plástico será definido por populações em ambientes de consumo emergentes. Esses não são consumidores que estão ouvindo (o apresentador e ativista britânico) David Attenborough. Nosso objetivo era encontrar uma maneira de comunicar e inspirar essas pessoas”, declara Morison, notando a injustiça pungente inerente em apontar o dedo para as nações emergentes.</div>
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<br /></div>
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“Tivemos 40 anos de ganância com esse recurso maravilhosamente útil (nos países mais ricos) e, se eu estivesse na classe emergente do Quênia, pensaria em por que não deveria ser permitido usar essas coisas? Eu me sentiria zangado. Por isso, penso que é importante comunicar como africanos com os nossos pares e outras pessoas nestes ambientes”, diz ele.</div>
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<br /></div>
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A dimensão global do problema foi claramente ilustrada pelo plástico recolhido pelos voluntários durante o projeto Flipflopi. Moradores e ambientalistas da cidade de Shela, crianças em idade escolar, grupos de mulheres e funcionários da indústria do turismo ajudaram a coletar os resíduos das praias e outros locais ao redor da costa.</div>
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“Você olha para o rótulo de uma garrafa ou para um chinelo e está em tailandês. Peguei uma garrafa de dois litros de água da Malásia, ao norte de Lamu”, diz Morison. Testemunhar a proveniência do lixo plástico o tornou ainda mais determinado a perseguir seu sonho de construir um barco maior, mesmo que o preço estimado de 500 mil dólares seja um desafio assustador.</div>
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<br /></div>
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A equipe da Flipflopi é voluntária, com apenas os construtores de barcos sendo pagos. A equipe arrecadou cerca de 11 mil dólares em doações, mas gastaram mais. Morison espera que seu sucesso até agora lhes permita garantir patrocínio para, eventualmente, construir um barco maior.</div>
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O Flipflopi deve chegar a Zanzibar por volta de janeiro do próximo ano, dependendo dos ventos favoráveis. É quando Morison acredita que a verdadeira aventura começará.</div>
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“Estou entusiasmado por poder chegar a Zanzibar e espero espalhar essa idiea para a Tanzânia”, diz ele. “A realidade é que o que fizemos é muito simples. É apenas se atrever a sonhar. (…) Você só precisa ter uma ideia e ser criativo.”</div>
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<br /></div>
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Fonte: ONU</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-24583337969218990792018-09-25T09:12:00.000-04:002018-09-25T09:12:00.306-04:00Acidificação do oceano pode reduzir a pesca de vieiras<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt3R0QZ0_ClhwY1K84BC_mFocnr_nyu4gFOYV3T7L1qlLD9cNuXegsOsLvOvMb9jWnLeqBrETA4y_MI-YXDYEYYAWKD6xJHBh0vCR3j0a3MDnwsBiAXAojg_2mV34AIVFPtGkNNswPeaUX/s1600/vieiras.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt3R0QZ0_ClhwY1K84BC_mFocnr_nyu4gFOYV3T7L1qlLD9cNuXegsOsLvOvMb9jWnLeqBrETA4y_MI-YXDYEYYAWKD6xJHBh0vCR3j0a3MDnwsBiAXAojg_2mV34AIVFPtGkNNswPeaUX/s320/vieiras.png" width="320" /></a></div>
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Todos os anos, os pescadores colhem mais de US $ 500 milhões em vieiras do Atlântico, a partir das águas da costa leste dos Estados Unidos.</div>
<a name='more'></a><br />
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Um novo modelo criado por cientistas da Instituição Oceanográfica Woods Hole (WHOI), no entanto, prevê que essas pescarias possam estar potencialmente em perigo. À medida que os níveis de dióxido de carbono aumentam na atmosfera da Terra, os oceanos superiores se tornam cada vez mais ácidos – uma condição que poderia reduzir a população de vieiras em mais de 50% nos próximos 30 a 80 anos, no pior cenário possível. A forte gestão da pesca e os esforços para reduzir as emissões de CO2, no entanto, podem retardar ou mesmo impedir essa tendência.</div>
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<br /></div>
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O modelo, publicado na revista PLoS One, combina dados existentes e modelos de quatro fatores principais: cenários futuros de mudanças climáticas, impactos da acidificação dos oceanos, políticas de gestão de pesca e custos de combustível para os pescadores.</div>
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<br /></div>
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“O que é novo no nosso trabalho é que ele reúne modelos de ambientes oceânicos em mudança, assim como respostas humanas”, diz Jennie Rheuban, principal autora do estudo. “Combina a tomada de decisões socioeconômicas, a química dos oceanos, o dióxido de carbono atmosférico, o desenvolvimento econômico e o gerenciamento da pesca. Tentamos criar uma visão holística de como as mudanças ambientais podem afetar os diferentes aspectos da pesca de vieiras marinhas ”, observa ela.</div>
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<br /></div>
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Como os oceanos podem absorver mais de um quarto de todo o excesso de dióxido de carbono na atmosfera, as emissões de carbono dos combustíveis fósseis também podem causar uma queda no pH dos oceanos. Essa acidez pode corroer as cascas de carbonato de cálcio que são feitas pelos moluscos como ostras e vieiras, e até mesmo impedir que suas larvas formem conchas.</div>
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<br /></div>
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Segundo Rheuban, não existem estudos publicados que possam mostrar os efeitos específicos da acidificação oceânica no vieira do Atlântico. Para estimar seu impacto no modelo, ela e seus colegas incorporaram uma série de efeitos com base em estudos de espécies de moluscos relacionados. Combinado com as estimativas da mudança da química da água, este novo modelo permite que os cientistas explorem como os impactos plausíveis da acidificação dos oceanos podem mudar o futuro da população de vieiras.</div>
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<br /></div>
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Rheuban e seus colegas testaram quatro níveis diferentes de impacto em cada um dos quatro fatores diferentes que influenciaram o modelo, criando, em última instância, 256 combinações de cenários diferentes. Um grupo de cenários examina possíveis caminhos de como a acidificação oceânica pode impactar a biologia de vieiras. Outro examina diferentes níveis de CO2 atmosférico, incluindo um futuro em que as emissões continuam a subir rapidamente, e outro onde elas caem devido à política agressiva de mudança climática. Um terceiro conjunto inclui uma série de custos futuros de combustível, que estão relacionados às políticas de mudanças climáticas. Os custos mais elevados de combustível, observa Rheuban, podem levar a menos dias de pesca ativa, reduzindo o estresse na própria pesca, mas também reduzindo a rentabilidade e as receitas da indústria. O quarto e último conjunto envolve diferentes técnicas federais de manejo pesqueiro.</div>
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<br /></div>
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A pesca para alguns moluscos, como ostras, moluscos e vieiras, são reguladas por governos estaduais ou locais, cada um seguindo seu próprio conjunto de regras. As pescarias de vieiras-marinhas, no entanto, estão localizadas bem em alto mar em uma região que se estende da Virgínia até o Maine, portanto são reguladas principalmente pelo governo federal. Com apenas um conjunto de regras cobrindo a maioria dos pescadores de vieiras, é possível encaixá-las no modelo.</div>
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<br /></div>
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“A atual pesca de vieiras é hoje tão saudável e valiosa, em parte porque é muito bem administrada”, diz Scott Doney, co-autor da WHOI e da Universidade da Virgínia. “Também usamos o modelo para perguntar se as abordagens de gerenciamento poderiam compensar os impactos negativos da acidificação oceânica”.</div>
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<br /></div>
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Em todos os cenários possíveis do modelo, altos níveis de CO2 na atmosfera consistentemente levaram ao aumento da acidificação dos oceanos e menos vieiras, apesar de introduzir regras de manejo mais rigorosas ou até fechar parte da pescaria por completo.</div>
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<br /></div>
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“O modelo destaca os riscos potenciais para as vieiras e provavelmente outras áreas de pesca comerciais de marisco das emissões de carbono para a atmosfera”, acrescenta Doney.</div>
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<br /></div>
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Ao longo dos próximos 100 anos, sob o pior dos impactos da acidificação oceânica, o cenário de “business as usual” do modelo mostra um declínio de mais de 50%, enquanto um cenário com política climática proativa mostra apenas uma redução de 13%.</div>
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<br /></div>
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“O modelo mostra que as reduções nas emissões de combustíveis fósseis devido à política climática podem ter um grande impacto na pesca de vieiras”, conclui Rheuban.</div>
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<br /></div>
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Também colaborando no estudo estavam Scott C. Doney, da WHOI, e a Universidade da Virgínia, Sarah R. Cooley, da Ocean Conservancy, e Deborah R. Hart, do Centro de Ciências Pesqueiras do Nordeste da NOAA. A pesquisa foi apoiada pelo NOAA Grant # NA12NOS4780145 e pela WestWind Foundation.</div>
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<br /></div>
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Referência:</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Projected impacts of future climate change, ocean acidification, and management on the US Atlantic sea scallop (Placopecten magellanicus) fishery</div>
<div style="text-align: justify;">
Jennie E. Rheuban , Scott C. Doney, Sarah R. Cooley, Deborah R. Hart</div>
<div style="text-align: justify;">
PLoS One. Published: September 21, 2018</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://doi.org/10.1371/journal.pone.0203536">https://doi.org/10.1371/journal.pone.0203536</a></div>
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<br /></div>
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Fonte: EcoDebate</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-26946190150142579412018-09-25T09:11:00.000-04:002018-09-25T09:11:02.593-04:00Os desreguladores endócrinos presentes em plásticos e cosméticos e que foram encontrados em crianças brasileiras<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxirK5h6xS55HDK-yOM_hIjqnNSy5L_E5M4wfa2o96pVxbI2EDQVcv-HM2SK34_6OFGM-6QkgogR_JJwwdKVRuavipT8cjaikjb3JbyioTiMiPttT8mY4kJnacw2PR2ebOmZsmIyGrsROS/s1600/plastico.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="370" data-original-width="1100" height="107" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxirK5h6xS55HDK-yOM_hIjqnNSy5L_E5M4wfa2o96pVxbI2EDQVcv-HM2SK34_6OFGM-6QkgogR_JJwwdKVRuavipT8cjaikjb3JbyioTiMiPttT8mY4kJnacw2PR2ebOmZsmIyGrsROS/s320/plastico.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Diariamente, absorvemos diferentes contaminantes presentes não só no ar, na água e em alimentos, mas também em diferentes produtos – de garrafas plásticas, detergentes, papéis emitidos pela máquina de cartão de crédito a esmaltes, sabonetes e plástico filme.</div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Conhecidas como “desreguladores endócrinos“, algumas destas substâncias podem interferir na síntese e ação de hormônios, responsáveis por funções como metabolismo, crescimento, desenvolvimento, reprodução, sono e estado de ânimo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A fim de verificar o nível de exposição de crianças brasileiras a essas substâncias, um grupo de pesquisadores analisou a concentração de 65 desreguladores endócrinos em urinas de 300 crianças das cinco regiões do país, com idades entre 6 e 14 anos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Segundo a pesquisa, os compostos químicos associados ao uso de cosméticos, produtos de cuidado pessoal e plásticos foram encontrados em concentrações elevadas, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Os dados da pesquisa mostram que crianças brasileiras estão expostas a alguns desreguladores hormonais em concentrações maiores do que aquelas encontradas em países como EUA, Canadá e China, que realizam esse estudo mais rotineiramente”, diz Bruno Alves Rocha, pesquisador da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto e autor do estudo, publicado na revista científica Environmental International.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Iniciada em 2016 e realizada em parceria com pesquisadores do Departamento de Saúde do Estado de Nova York, a pesquisa apontou que a maioria dos desreguladores relacionados ao uso de cosméticos e produtos de cuidado pessoal foram encontrados em maior concentração nas meninas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esta diferença chegou ao dobro em algumas substâncias – como o triclosan (presente em desodorantes e sabonetes antibacterianos), alguns parabenos (conservantes) e alguns benzofenonas (utilizados principalmente na formulação de esmaltes e presentes em protetores solares, produtos de maquiagem e produtos de cabelo).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Isso mostra que esses produtos são uma fonte importante de exposição a estas substâncias”, avalia o pesquisador. De acordo com a consultoria Euromonitor International, o mercado de cosméticos e produtos de cuidado pessoal voltados ao público infantil no Brasil foi o terceiro maior do mundo em 2017.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Outro destaque da pesquisa, segundo artigo publicado na revista Science of the Total Environment, se refere à presença de ftalatos em pelo menos 90% das amostras de urinas analisadas. A partir do cálculo do nível de ingestão diária, os pesquisadores apontaram que um terço das crianças apresentaram níveis tóxicos dessa substância.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Além de compor fragrâncias em produtos como sprays de cabelo, loções pós-barba, sabões, xampus e perfumes, os ftalatos também são usados como solventes e na fabricação de plásticos mais flexíveis ou resistentes – estando presentes em produtos de limpeza, resinas e principalmente em plásticos (como o policarbonato, plástico filme, embalagens e brinquedos).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Procurada pela BBC News Brasil, a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) disse que “não está claro o efeito dos ftalatos na saúde humana”. E a Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM) disse que ainda são necessários estudos científicos para entender “quando, onde e como usar seguramente cada substância”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Consequências ainda desconhecidas</div>
<div style="text-align: justify;">
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem cerca de 800 compostos químicos suspeitos de interferir no sistema hormonal e “apenas uma pequena fração” dessas substâncias foi investigada. A organização diz que a falta de dados traz “incertezas sobre a extensão dos riscos”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Muitas (dessas substâncias) propiciaram melhorias e progressos ao longo do século 20, mas ainda precisamos investigar os impactos sobre a saúde humana, principalmente quando elas estão associadas”, diz Denise Pires de Carvalho, médica da Sociedade Brasileira de Endocrinologia Médica (SBEM) e professora de biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar das divergências na literatura científica sobre quais concentrações dessas substâncias são consideradas aceitáveis, em 2016, a Comissão Europeia divulgou uma lista com 66 compostos químicos avaliados de terem “clara evidência de perturbação da atividade endócrina”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 2016, os EUA proibiram a comercialização de sabonetes antibacterianos que contenham 19 ingredientes químicos, incluindo o triclosan (agente bactericida), sob a justificativa de não haver garantias de que essas substâncias sejam seguras. A determinação se baseou em pesquisas que indicaram que a exposição prolongada às substâncias analisadas pode provocar alterações hormonais e aumentar a resistência bacteriana.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estudos recentes investigam impactos de desreguladores endócrinos sobre o sistema reprodutor humano. Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de Rochester, em Nova York, apontou que alguns ftalatos bloqueiam a ação do hormônio masculino testosterona em bebês, interferindo no desenvolvimento genital e cerebral de meninos. Cientistas também investigam se a queda da qualidade do sêmen no mundo, verificada pela OMS, está relacionada à ação de desreguladores endócrinos.</div>
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<br /></div>
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Em 2011, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a presença do bisfenol A (usado na produção de plástico policarbonato) em mamadeiras destinadas a crianças de até 12 meses.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Hoje sabemos que essa substância está associada à diabete mellitus e obesidade infantil, além de poder causar puberdade precoce e alterações na tireoide”, afirma Carvalho, da UFRJ.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No estudo do pesquisador da USP, a mineração dos dados – metodologia que verifica padrões em uma grande quantidade de informações – apontou que urinas com altas concentrações de diferentes desreguladores também apresentaram maiores concentrações de 8OHDG, molécula que, em grande quantidades, indica a ocorrência de lesão nas células.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Este processo danifica o DNA e favorece a ocorrência de obesidade, infertilidade, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer, principalmente aqueles relacionados ao sistema reprodutor”, explica Rocha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um terço dos 65 compostos químicos analisados na pesquisa apareceu simultaneamente em pelo menos metade das amostras e apresentaram altas concentrações de 8OHDG, o que indicou a associação entre diferentes compostos e a ocorrência de estresse oxidativo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Analisar a coexposição é importante porque as pessoas não estão em contato com um só contaminante, mas com vários ao mesmo tempo. Eles atuam juntos”, diz o pesquisador.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Necessidade de investigação</div>
<div style="text-align: justify;">
Por e-mail, a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos disse que “o estudo é muito recente e existem variáveis importantes que precisam ser conhecidas/controladas para poder analisar os resultados identificados.”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já a Associação Brasileira da Indústria Química enfatizou que, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente, a Comissão Nacional de Segurança Química(CONASQ) está formulando um regulatório nacional que dispõe sobre o cadastro, a avaliação e o controle de substâncias químicas industriais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Contatada pela BBC News Brasil, a Anvisa disse adotar os limites apontados em avaliações conduzidas por autoridades internacionais e que as listas de substâncias permitidas são resultado de uma “harmonização entre os Estados do Mercosul e estão de acordo com o que está sendo praticado em outros países ou blocos, como Estados Unidos e Europa.”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A agência disse que parabenos são conservantes “bem difundidos nas indústrias e em alguns casos, de difícil substituição por questões de estabilidade do produto, custos, etc.”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Anvisa também disse já estar avaliando a redução da quantidade permitida de alguns parabenos e afirmou ter solicitado ao Mercosul a redução do limite de ftalatos permitidos em “materiais destinados ao contato com alimentos para crianças de até três anos.”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Questionada se a exposição simultânea é utilizada para definir os limites aceitáveis dos compostos químicos destacados na pesquisa, a Anvisa disse que “na maioria dos casos, os limites dizem respeito a análises individuais.”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Princípio da precaução</div>
<div style="text-align: justify;">
A diversidade de fontes, a dosagem e a análise dessas substâncias em conjunto no organismo estão entre os principais desafios para os estudiosos do tema hoje.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Falta metodologia para dosar as concentrações desses compostos. Pequenas contaminações ocorrem diariamente, já que eles estão presentes em várias coisas. É importante analisar a intensidade das concentrações e o tempo de exposição a elas. Se uma pessoa está exposta a grandes quantidades de forma sistemática, haverá efeitos sobre a saúde”, pondera Angela Maria Spinola, endocrinologista pediátrica e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ela enfatiza a necessidade de mapear e acompanhar as concentrações destas substâncias com regularidade, o que não é feito em países como o Brasil. “A meu ver, ainda não é possível fazer um prognóstico a partir dos dados da pesquisa da USP. É preciso um acompanhamento em longo prazo para verificar se as crianças brasileiras desenvolvem doenças a partir das altas concentrações de alguns contaminantes”, avalia Angela.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Alguns estudos indicam que a contaminação por parabenos e benzofenonas também podem estar relacionados à puberdade precoce e ao aumento de câncer de mama em indivíduos suscetíveis.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Testes in vitro e em animais de laboratório mostraram que essas substâncias têm ações estrogênicas (agindo como os esteroides sexuais femininos) e antiandrogênicos (inibindo a ação de hormônios sexuais masculinos). Os efeitos em humanos estão sendo estudados, por isso o princípio da precaução é necessário”, diz Denise.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aplicado pela Anvisa na proibição do Bisfenol A, este princípio prevê a adoção de medidas de proteção “sem ter que aguardar que a seriedade dos riscos se torne aparente” sempre que haja “incerteza sobre a existência ou amplitude dos riscos para a saúde humana”.</div>
<div style="text-align: justify;">
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“Devemos evitar contaminações, porque ainda não conseguimos definir qual a dose mínima de desreguladores endócrinos que não causam efeitos ruins no nosso organismo”, avalia a professora da UFRJ.</div>
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Como se prevenir?</div>
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De acordo com especialistas ouvidas pela BBC News Brasil, ações cotidianas podem contribuir para diminuir a exposição a desreguladores endócrinos.</div>
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“É fundamental ler os rótulos dos produtos e procurar evitar aqueles que tenham desreguladores em sua composição. Principalmente mulheres grávidas, já que elas podem armazenar essas substâncias no tecido adiposo e liberar para o feto através da placenta”, diz Denise.</div>
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Outra recomendação se refere ao cuidado com o manuseio de embalagens de alimentos.</div>
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“A contaminação dos alimentos pode ocorrer a partir de fissuras causadas nas embalagens”, explica Angela. Por isso, é recomendado não esquentar ou congelar alimentos em recipientes ou embalagens plásticas, priorizar vidro em vez de plásticos e evitar o consumo de alimentos enlatados (cuja embalagem é revestida de bisfenol A).</div>
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Fonte: EcoDebate</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590120925956594808.post-74680280466533618552018-09-25T09:10:00.003-04:002018-09-25T09:10:20.045-04:00Água contaminada afeta quase 60% dos pacientes com doenças gástricas em Campina Grande, por João Suassuna<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUy3KPIwDETrARsW2wZuWpKCHB2tV6vzOnj_zrcDcql5WUu72kqGxZDBgLopS3hlMw-fW3DkRhZww8ASfJXYuhSEXIId1EqvE8PvXF3prgNzWCzbOjrOJ-FL4UNsRkIaKTows70NPT3q75/s1600/boqueir%25C3%25A3o-640x372.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="372" data-original-width="640" height="186" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUy3KPIwDETrARsW2wZuWpKCHB2tV6vzOnj_zrcDcql5WUu72kqGxZDBgLopS3hlMw-fW3DkRhZww8ASfJXYuhSEXIId1EqvE8PvXF3prgNzWCzbOjrOJ-FL4UNsRkIaKTows70NPT3q75/s320/boqueir%25C3%25A3o-640x372.jpg" width="320" /></a></div>
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Meus Prezados,</div>
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Em 2016, publiquei um artigo no EcoDebate intitulado, “A questão hídrica atual do Nordeste seco”, no qual, dentre outras questões, abordei o assunto do acometimento de doenças em populações abastecidas com águas de má qualidade.</div>
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Nesse artigo, me referia às águas do Rio São Francisco, quando utilizadas para fins de abastecimento humano. Ao ler a matéria do G1 PB, me deparo com uma situação que já vinha tratando como certa, nas minhas atividades profissionais diárias. Segundo a matéria, cerca de 60% dos pacientes com doenças gástricas, em Campina Grande, foram afetados com algum contaminante existente nas águas ali servidas.</div>
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Ora, a principal fonte de abastecimento dos campinenses é o açude de Boqueirão de Cabaceiras, o qual foi alimentado, recentemente, com as águas do Santo Chico, por intermédio do projeto da Transposição. Uma coincidência muito grande, que eu particularmente não gostaria que tivesse ocorrido. Mas o fato é que ela ocorreu, e o assunto é grave! Quando um projeto dessa envergadura apresenta problemas técnicos, os engenheiros e profissionais da área vão lá e resolvem esses problemas.</div>
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Mas no caso de surtos de doenças em populações, ocasionados por vetores veiculados pela água que está sendo ofertada, a questão muda de figura e precisa ser encarada sob outra ótica, porque, no caso, estão em jogo vidas humanas. A questão de Boqueirão é agravada, ainda, pela existência de denúncias de fortes odores de esgotos e de sabores estranhos em suas águas, o que nos leva a concluir pela possibilidade de que as águas do Rio São Francisco já possam ter alguma influência nesse quadro.</div>
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Creio que acendeu a luz amarela para que as autoridades comecem a tomar as providências necessárias, na condução desse assunto, tendo em vista a possibilidade do agravamento da situação.</div>
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A região está fora de sua quadra chuvosa, o projeto da Transposição está momentaneamente paralisado, devido a reparos no Eixo Leste do projeto, e a represa continua enviando água para Acauã (açude localizado a sua jusante) e, todo esse processo, juntamente com a intensa evaporação existente no espelho d´água de Boqueirão, tende ao aumento da concentração de poluentes no interior da represa.</div>
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É preciso celeridade para a solução desses problemas, a fim de que os campinenses possam voltar à normalidade de suas vidas. Circulei a informação em rede e a encaminhei para edição no Observa Fundaj</div>
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<a href="http://www.suassuna.net.br/2018/09/agua-contaminada-afeta-quase-60.html">http://www.suassuna.net.br/2018/09/agua-contaminada-afeta-quase-60.html</a></div>
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João Suassuna – Eng° Agrônomo e Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco</div>
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Fonte: EcoDebate</div>
Carolina Strelauhttp://www.blogger.com/profile/11686220968806207739noreply@blogger.com0