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quarta-feira, 18 de abril de 2018

Tecnologia e luxo na hora do adeus

Cemitério da Penitência será o primeiro do Rio a ter velório virtual. Cinzas de diamante também é novidade


Avanços tecnológicos prometem dar novos ares aos cemitérios do Rio, onde, mensalmente, são sepultados cerca de 6 mil corpos. O da Penitência, no Caju, um dos mais antigos do estado (1875), saiu na frente: será o primeiro a ter câmeras para velórios virtuais, se transformando, junto com outras inovações de mais de R$ 100 milhões, no mais moderno das 21 necrópoles da cidade, das quais 13 são públicas e oito particulares. No rastro dele, outros complexos cemiteriais, do tradicional ao vertical, também preparam novidades tecnológicas, embora as direções evitem dar detalhes.

No Penitência, com a autorização da família do falecido, qualquer pessoa, de todo canto do mundo, poderá acompanhar velórios e enterros à distância. O serviço deve ficar disponível em quatro meses. Nos velórios online, câmeras e painéis eletrônicos vão permitir que parentes recebam mensagens e interajam com parentes e amigos de qualquer lugar do mundo durante o enterro.

"Entendemos que os cemitérios devem ser centros de conveniência completos. Trabalhamos com o conceito de one-stop-shop, que é tendência em vários países. A ideia é ofertar todos os tipos de serviço do setor em um mesmo lugar", justificou Rafael Azevedo, um dos diretores do cemitério.

Por lá, outros serviços serão oferecidos em breve, como o Diamante In Memoriam. Através de processo químico, as cinzas do cadáver vão ser transformadas em diamantes. Para isso, é preciso que a família doe uma porção de cinzas do morto (cerca de 500 gramas). O restante continua aos cuidados dos parentes. As cinzas são processadas quimicamente para criar um código que as identifica e que é garantia de sua procedência. "O diamante é lapidado e polido, no formato escolhido pelo cliente", detalhou Rafael.

Outro serviço oferecido pela Penitência é o transporte especial dos caixões até o jazigo, que pode ser feito até em carros de luxo adaptados. A direção prepara ainda capelas com mecanismos que farão chover pétalas de rosas nos velórios. Nas paredes, parentes poderão escolher cenários projetados em diversos tipos de painéis, como imagens de céu, mar e montanhas.

Novidade é o que não falta no seguimento funerário. Algumas delas, com participação de empresas do setor do Rio, serão apresentadas na maior Feira Funerária da América Latina, a Funexpo 2018, que será na semana que vem, em Natal-RN. Os cariocas pretendem trazer novidades de lá, como os inusitados caixões LGBTs coloridos, que custam acima de R$ 5 mil, e com tampas de escudos de futebol e símbolos de escolas de samba. Ano que vem a feira deverá ser no Rio.

Para André Luiz Macêdo, organizador da feira, a morte nem sempre é encarada como o fim da vida para a boa parte das famílias. "Para os parentes mais ousados, nada mais justo do que investir em um ritual de passagem com caixões personalizados e um cortejo vip, em uma limusine, por exemplo", justificou André.

Fim da clandestinidade
A Coordenadoria Geral de Controle de Cemitérios e Serviços, da Secretaria Municipal de Conservação e Meio Ambiente do Rio, informou que a automação de vagas nos cemitérios está trazendo mais confiabilidade, transparência, e isonomia ao poder concedente. O controle online vem pondo fim às funerárias clandestinas.

"Há muito tempo o sistema, que hoje tem cerca de 60 funerárias legalizadas, com pelo menos 150 agentes, vem buscando moralização, o que parece ter encontrado um caminho, entre outras medidas, com a computação de vagas", afirmou Leonardo Martins, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Funerários do Rio. Um dos projetos da prefeitura é a adaptação de cemitérios para o estilo vertical, em forma de edifício.

Fonte: Jornal O Dia

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