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quarta-feira, 1 de março de 2017

Rituais de sepultamento da tribo Matis

Estimados em várias centenas na época dos primeiros contatos (no final dos anos 70), os Matis, falantes de uma língua Pano, não passavam de 87 em 1983. Nesse curto período, várias epidemias se espalharam pela região, afetando um enorme número de pessoas, especialmente crianças e idosos.
Os últimos meses de 1981 foram especialmente trágicos, tendo custado a vida de cerca de 48 Matis, levando os sobreviventes, traumatizados, a abandonar suas ocupações dispersas na floresta e a reagrupar-se em torno do Posto da Funai, às margens do rio Ituí, em busca de remédios. Passado alguns anos, as roças começaram a produzir normalmente, alguns rituais ressurgiram e houve um aumento populacional significativo. Contudo, ainda persiste o choque demográfico e psicológico decorrente de um contato mal empreendido e desnecessariamente mortífero. Atualmente, os Matis não vivem mais em uma única aldeia e assim retomam de modo tímido o antigo padrão de ocupação territorial.

O morto é sepultado em posição fetal e é envolvido numa rede dentro de seu recinto na maloca. A superfície da sepultura é nivelada com barro socado. A maloca é abandonada e, depois de alguns dias, queimada. Segundo Paula (1969: 20-21), os pertences do falecido são sepultados com ele, sua rede é colocada sobre sua cabeça e então a cova é fechada. Aqueles objetos que não puderam ser sepultados junto a ele (zarabatana, arco, flechas) são queimados posteriormente.

No caso de uma morte de um índio em Atalaia do Norte, ocorrida há muitos anos atrás, o chefe do Posto foi repreendido por ter devolvido os adornos do morto a sua família, ao invés de os ter sepultado com ele, na cidade. Seus pertences foram queimados, tanto junto ao Posto como na maloca em que morava. Um pouco mais tarde, a maloca próxima do Posto, que os Matis construíram para abrigar-se em suas visitas e que o falecido ajudara a construir, foi incendiada.

Fonte: Portal Socio Ambiental

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