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segunda-feira, 13 de março de 2017

Obra parada no cemitério do Itacorubi agrava a falta de vagas em Florianópolis

Para o secretário de Infraestrutura, Luiz Américo Medeiros, a solução é a desapropriação de áreas vizinhas aos cemitérios do interior da Ilha e a construção de gavetas


Durante a vida, o morador de Florianópolis passa dificuldade para encontrar vagas em creches, escolas, postos de saúde e hospitais. Após a morte, a família também sofre com a falta de vagas nos 12 cemitérios públicos da Capital. Para piorar a situação, a obra para a construção de 360 gavetas no cemitério São Francisco de Assis, no bairro Itacorubi, está parada desde a metade de novembro do ano passado por falta de recursos financeiros. Com isso, um barranco está cedendo e algumas sepulturas estão sendo danificadas. Até o meio-dia desta quarta-feira (8), os 35 mil túmulos estavam ocupados com 67.914 corpos. O secretário de Infraestrutura da Capital, Luiz Américo Medeiros, aposta na construção de gavetas nos cemitérios do interior da Ilha.

Obra de ampliação parada desde novembro do ano passado está danificando algumas sepulturas no cemitério do Itacorubi - Daniel Queiroz/ND
Obra de ampliação parada há quatro meses está danificando algumas sepulturas no cemitério do Itacorubi - Daniel Queiroz/ND

Com pouca ou quase nenhuma opção na Ilha, a solução é procurar por outros cemitérios pela região metropolitana ou optar pela cremação. No comércio informal, um jazigo com carneira custa de R$ 7 a R$ 10 mil. O cemitério São Cristovão, em Coqueiros, é o único na região continental e está superlotado. As 4.931 vagas estão ocupadas há mais de uma década.

Vizinho ao cemitério, o porteiro Luciano Nunes, 39 anos, lembra da infância entre os jazigos. “O cemitério invadiu o terreno da minha família e nunca recebemos nada por isso. Na época, a minha avó fez um acordo com o prefeito para a isenção dos impostos, mas foi um acordo de boca e durou apenas o mandato dele”, diz o porteiro, que tem um jazigo no São Cristovão. 

Sem vagas à disposição, os cemitérios municipais só aceitam novos enterros de famílias que já tenham jazigos. Mesmo assim, uma pessoa só poderá ser enterrada em túmulos que não foram ocupados nos últimos quatro anos. “O problema é a falta de espaço. Os terrenos estão supervalorizados na Ilha e ninguém trata o assunto com seriedade. Uma solução seria a construção de cemitérios verticais ou a locação de jazigos, mas eles esbarram na falta de espaço novamente”, afirma o gerente de funerária Edicarlos Cardoso da Costa, 38, que trabalha no ramo há 14 anos.

Vagas em Biguaçu, Palhoça e São José

Quem liga à procura de vaga no cemitério São Cristovão é orientado a buscar informações em outras cidades. Os cemitérios de São Miguel, em Biguaçu, de Forquilhas, em São José, e do Passa Vinte, em Palhoça, são os indicados. “O problema é que algumas cidades estão restringindo o sepultamento de pessoas que não residem no município. O cenário é de bagunça, onde moradores de Palhoça são enterrados aqui e vice-versa. Vagas só de terceiros, que comercializam com preços de R$ 9 mil a R$ 10 mil”, exemplifica o administrador do São Cristovão, Carlos Alberto Machado.

A falta de vagas e a mudança na cultura fortalece os crematórios. Atualmente, os mais próximos estão em Palhoça e Balneário Camboriú. Essa é a percepção do gerente de funerária Edicarlos Cardoso da Costa. “Para enterrar um parente em Florianópolis sem possuir um túmulo é necessário procurar muito e torcer para abrir uma vaga de alguém que possa estar deixando a cidade. Para evitar essa incomodação e outros gastos, os crematórios estão recebendo cada vez mais clientes”, diz. O valor de uma cremação fica em torno dos R$ 2.800.

Solução é a construção de gavetas em áreas desapropriadas

O secretário de Infraestrutura, Luiz Américo Medeiros, afirma que não há vagas nos 12 cemitérios públicos de Florianópolis. Para ele, a solução é desapropriar terrenos próximos e construir mais gavetas. Já os projetos para a construção de um crematório continuam arquivados.

“Nosso objetivo é de que a obra das 360 gavetas no cemitério do Itacorubi seja retomada ainda este mês. Além disso, estamos realizando um estudo para desapropriar áreas próximas aos cemitérios do interior da Ilha. A intenção é de construir mais gavetas nestes espaços”, informa. Os cemitérios do Ribeirão da Ilha, Rio Vermelho e Campeche podem ser os primeiros a receber essas ampliações.

Os cemitérios em Florianópolis

Cemitério Municipal São Francisco de Assis (Itacorubi)

Cemitério Municipal de Santo Antônio de Lisboa

Cemitério Municipal do Campeche

Cemitério Municipal São Cristóvão (Coqueiros)

Cemitério Municipal de Canajurê (Canasvieiras)

Cemitério Municipal de Ratones

Cemitério Municipal do Rio Vermelho

Cemitério Municipal da Lagoa da Conceição

Cemitério Municipal do Ribeirão da Ilha

Cemitério Municipal da Armação

Cemitério Municipal do Pântano do Sul

Cemitério Municipal dos Ingleses

Fonte: Prefeitura de Florianópolis

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