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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Jazigos do Cemitério do Imigrante de Joinville começam a ser recuperados

Na manhã desta quinta-feira, o projeto de restauração de quatro jazigos do Cemitério do Imigrante de Joinville foi apresentado na Casa da Memória, que fica anexa ao cemitério. Os recursos para recuperação foram aprovados pelo Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec).


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A apresentação foi feita pelos responsáveis pela execução do projeto, Gessonia Carrasco, restauradora da Fundação Cultural de Joinville (FCJ); Joel Gehlen, auxiliar de restauração; e Girucia Leite de Andrade, proponente do projeto, que foi aprovado no valor de R$84.784,00.

Os jazigos restaurados são de Carl e Maria Monich, Friedrich Albert Bornschein e Faust Kupsch, Wilhelm Zillmann e Gustav Adolf Teube, além de um túmulo sem identificação. O jazigo mais antigo é de Carl Monich, que morreu em 1906. O túmulo mais recente é de Wilhelm Zillmann, que morreu em 1937. Todos os jazigos estão próximos um do outro, escolhidos pela complexidade dos problemas de deterioração. 

— Recuperando, a gente vai trazer esse desenho de volta, essa beleza do trabalho. Aí vamos montar um catálogo mostrando como que fica essa área restaurada e então conseguir recursos para restaurar todo o cemitério. Estamos bem no Centro de Joinville, é uma área de contemplação, de reverência aos mortos, mas também é uma área verde, uma área bonita. As pessoas frequentam muito esse cemitério. As pessoas vêm aqui, sem nenhuma relação, nenhum parentesco. Elas vem aqui para passear, para caminhar, porque tem muito verde — disse Gessonia Carrasco, que trabalha com o cemitério desde 1999. 

O primeiro passo, que já está sendo dado esta semana, é a remoção dos vegetais que invadiram os jazigos. Após a limpeza e todos os processos de restauração,  a ideia é que os túmulos sejam mantidos em sua cor original. Segundo Gessonia, os jazigos serão totalmente restaurados e nenhum será pintado.

O projeto inicial é do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas passou por adaptações, que foram submetidas ao instituto e aprovadas. Com uma equipe de três pessoas trabalhando durante meio período todos os dias, a previsão é que as obras terminem em quatro meses.

O grande desejo das pessoas envolvidas no projeto é que ele seja ampliado até que todo o cemitério seja restaurado. Para isso, Joel Gehlen deve tentar captar recursos através da Lei Roaunet. Joel já chegou a trabalhar com outra restauração no Cemitério Israelita, da cidade de Itaara, no Rio Grande do Sul. Ele comenta que o Brasil não tem um turismo cemiterial, como há em países como Argentina e França.

— Todas as pessoas que moram aqui, todos os dias elas olham, vivem, consomem essa paisagem. Agora, quantas pessoas conhecem, vieram aqui, se interessaram? A ideia é trazer a comunidade — disse Joel, que prevê que seja necessário mais de R$1 milhão para a restauração completa do cemitério. 

Patrimônio tombado desde 1962 pelo Iphan, o Cemitério do Imigrante teve a localização determinada pela Companhia Colonizadora de Hamburgo na rua XV de Novembro. O primeiro sepultamento ocorreu em dezembro de 1851, sendo que o cemitério funcionou até o ano de 1913. Nele constam cerca de 490 sepulturas, embora o número de sepultados supere os 2 mil, entre imigrantes e seus descendentes, luso-brasileiros e afro-descendentes que colonizaram a região.


Fonte: A Norícia

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