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quinta-feira, 16 de junho de 2016

Designer brasileira transforma sacos de cimento em vestidos de noiva

A jovem se inspirou na técnica do artista Hilal Sami Hilal para transformar materiais recicláveis em tecido.


O casamento é o dia mais esperado de uma noiva. Mas, já pensou passar este momento em um vestido feito de sacos de cimento? Ao contrário do que se possa imaginar, isso é possível e ainda em grande estilo, graças ao trabalho da designer de moda Iáskara Isadora.

Com apenas 26 anos, a jovem de Minas Gerais se inspirou na técnica do artista plástico brasileiro Hilal Sami Hilal para transformar materiais recicláveis em tecido. As principais matérias-primas usadas por ela são os sacos de cimento e fibras de bananeira, que passam por um processo de manufatura e ganham uma forma totalmente diferente.

Segundo a designer, o primeiro passo é a higienização do material. Depois de lavados, os sacos são rasgados, colocados de molho e batidos em um liquidificador industrial até virar uma pasta. A partir daí, as fibras de bananeira são acrescentadas ao processo, descoloridas e tingidas naturalmente, quando necessário. Os materiais se transformam em uma pasta, que tomará a forma de tecido.

Em entrevista ao CicloVivo, Iáskara explica que unir sustentabilidade e moda sempre foi algo de seu interesse. “Desde que ingressei na graduação desenvolvo pesquisas relacionadas à introdução da sustentabilidade na moda. Desta forma, utilizo os meus conhecimentos para confeccionar os produtos.”
A primeira coleção sustentável foi feita para o Trabalho de Conclusão de Curso, quando a jovem cursava Design de Moda na Universidade Federal de Minas Gerai. As primeiras peças foram usadas apenas para exposição, mas com o aprimoramento da técnica e a inserção de novas fibras e resinas, foi possível chegar a um tecido resistente o suficiente para criar uma coleção que pode ser usada na rua.

Quem vê os vestidos de noiva criados a partir do material sustentável nem imagina que são feitos com uma fonte bastante alternativa. “As pessoas ficam intrigadas e perplexas quando descobrem a matéria-prima utilizada nas peças”, comenta a mineira.

Os vestidos são feitos de forma totalmente artesanal. A pasta obtida no processo de reciclagem é colocada em uma bisnaga, que Iáskara usa para desenhar manualmente todos os detalhes sobre um tule. O formato de renda já garante certa resistência à água, mas a designer trabalha agora em uma resina derivada da bananeira para que a matéria-prima seja totalmente impermeável.

Todo este trabalho faz com que o processo de fabricação leve, em média, três meses. Os vestidos são comercializados a partir de três mil reais.

Fonte: Ciclo Vivo

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