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quinta-feira, 5 de maio de 2016

Na Tanzânia, garrafas PET são transformadas em filamentos para impressora 3D

A tecnologia tem ajudado a valorizar o trabalho dos catadores em países que não possuem sistema de coleta seletiva.

Uma startup holandesa encontrou na reciclagem a solução para vários problemas. Com uma máquina capaz de transformar garrafas PET em filamentos para impressora 3D, a Reflow tem evitado que muitos resíduos sejam descartados, ao mesmo tempo em que valorizam e melhoram as condições de vida de catadores de recicláveis em países vulneráveis.

A primeira experiência da empresa está sendo realizada em Dar es Salaam, na Tanzânia. A cidade não possui sistemas de coleta seletiva, então a maior parte do lixo acaba sendo descartada inadequadamente. Assim como acontece em muitas cidades brasileiras, a coleta de recicláveis é feita exclusivamente por catadores, que trabalham mais de 12 horas por dia para conseguir menos de US$ 1,50.

O que a Reflow fez para mudar esta situação?

Os jovens empreendedores holandeses entenderam que era necessário encontrar uma solução para o problema social dos catadores. Além disso, eles perceberam que o plástico das garrafas PET poderia ganhar muito mais valor, desde que fosse transformado em um produto mais específico. Com a ajuda da ONG britânica Tech for Trade, os empreendedores chegaram a uma tecnologia que transforma o plástico que seria descartado em valiosos filamentos para a impressão de produtos em equipamentos 3D.

“Eu percebi a enorme disparidade entre o que algumas das pessoas mais pobres ganhavam com o plástico, que gira em torno de sete centavos de dólar por quilo, e o preço dos filamentos, que é de US$ 25 dólares o quilo”, explicou Jasper Middendorp, fundador da Reflox, ao site Fast Co.Exist.

O empresário ainda explica que os filamentos são uma estratégia que agrega muito mais valor ao plástico do que a transformação do material em outros produtos, ao mesmo tempo em que usa uma quantidade muito pequena, para produzir muito. Segundo Middendrop, com apenas 120 garrafas plásticas é possível produzir um quilo de filamentos.

Apesar de ser altamente tecnológico, o modelo de negócios foi desenvolvido para regiões carentes, que sofrem com a falta de empregos e também com o descarte incorreto de resíduos. A estratégia aumentou cerca de 20 vezes a renda obtida pelos catadores de Dar es Salaam com a coleta de plástico.

Para melhorar ainda mais esta situação, a Reflow quer levar também as impressoras 3D para os países em desenvolvimento possam fechar todo o ciclo, chegando até a fabricação do produto final e melhorando as condições da economia local.

Veja abaixo a apresentação deste projeto:

https://ksr-video.imgix.net/projects/2134560/video-663896-h264_high.mp4

Fonte: Ciclo Vivo

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