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segunda-feira, 20 de abril de 2015

Nova Russas, no Ceará, é a primeira beneficiária do Programa Cisterna nas Escolas

Nova Russas, no Ceará, é a primeira beneficiária do Programa Cisterna nas Escolas, que irá atender 5 mil centros de ensino em 254 municípios da região até 2016; Armazenamento de água da chuva é fundamental para garantir segurança alimentar e aulas durante período de estiagem


A insegurança alimentar causada pela falta de água para consumo nas escolas é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos estudantes da região do Semiárido brasileiro, que alterna ciclos de chuva e longos períodos de estiagem. Graças a ações do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em parceria com estados e municípios, essa situação começa a mudar.

“Nossa dificuldade com a falta de água era imensa. A gente tinha que pagar uma merendeira para buscar água fora da escola e mesmo assim nunca era suficiente. Agora, temos bastante água, não precisamos mais nos preocupar”, contou ao Portal Brasil Margarida Lopes de Souza, coordenadora da escola Furtado Leite, situada na zona rural do município de Nova Russas, no Ceará. A escola é o primeiro centro de ensino da região do Semiárido a receber uma cisterna de 52 mil litros.

A cisterna, inaugurada no dia 14 de abril, faz parte do Programa Cisterna nas Escolas, uma parceria entre o MDS e a organização Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA). O sistema permite a captação e armazenagem de água da chuva em regiões do Nordeste que enfrentam longos períodos de seca.

O programa, orçado em R$ 69 milhões, prevê a construção de 5 mil cisternas em 254 municípios do Semiárido até 2016. A cisterna escolar é construída com placas de cimento e tem capacidade de armazenar água por até oito meses. O sistema também permite o reabastecimento de água com carros pipa.  As cisternas serão construídas nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Para a escola Furtado Leite, a construção da cisterna veio em boa hora. “Essa cisterna já está nos trazendo muita alegria porque a gente pode aproveitar as chuvas de abril. Os alunos podem estudar sossegados. Isso deixa a gente muito mais tranquila”, diz Margarida.


Segundo o titular da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS (Sesan), Arnoldo de Campos, as cisternas são fundamentais para garantir a segurança alimentar dos alunos e a frequência escolar. “No caso das escolas, as crianças poderão estudar todos os dias e não precisam mais voltar para suas casas por falta de água”, afirmou o secretário ao Portal Brasil.

Segundo o secretário Arnoldo de Campos, as cisternas garantem a infraestrutura necessária para que a região tenha capacidade de lidar com os períodos de estiagem, ciclo comum no Semiárido. “O projeto é muito importante dentro de um conjunto abrangente de políticas públicas do Governo Federal para o Semiárido que passa pelo acesso à água, pela inclusão produtiva do pequeno agricultor e pela segurança alimentar”, disse.

O processo de construção de uma cisterna, que tem custo médio de R$ 13 mil, passa por três fases. Num primeiro momento, professores são capacitados para a gestão da água armazenada, além de receberem noções de segurança alimentar e nutricional e de temas de convivência com o Semiárido para a educação infantil. A segunda fase passa pela implantação de uma bomba elétrica e a compra de filtros de barro para tratamento da água. Por fim a cisterna é construída em um prazo de duas semanas.

Fonte: EcoDebate

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