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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Negociações climáticas se aceleram em Lima

As negociações da conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP20) se aceleravam nesta quinta-feira, faltando apenas um dia e meio para o encerramento da cúpula de Lima, com o secretário de Estado americano, John Kerry, se somando às deliberações.


Em uma declaração dada assim que chegou a Lima, Kerry afirmou que “um acordo amplo (para frear o aquecimento global) no ano que vem, em Paris, não é uma opção, mas uma necessidade. Porque não temos opções”.

“Convoco todos, negociadores, diplomatas, cientistas e ativistas para que peçam resultados aos seus líderes, que reivindiquem, que façam das mudanças climáticas um tema central de agora, não das próximas eleições”, disse Kerry ao discursar na Conferência da ONU celebrada em Lima.

O sentimento de urgência já tinha sido destacado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que insistiu na urgência de deixar pronto um esboço que permita realizar os trabalhos com vistas à conferência de Paris em 2015, onde deve ser aprovado um acordo multilateral para conter o aquecimento global.

“Peço a todas as delegações a resolver os assuntos de procedimento e entregar um esboço de texto de negociação com status formal que permita começar a trabalhar nas sessões de fevereiro próximo”, disse Ban, ao instalar a sessão plenária de quinta-feira.

“Não temos tempo a perder”, ressaltou.

A ministra brasileira do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reconheceu que as negociações ainda enfrentam “algumas dificuldades”, mas estimou que isto é “natural”.

“Em nossa opinião, estas dificuldades podem ser administradas. Minha equipe me informou que há progressos e espero pelo êxito amanhã (sexta-feira)”.

As negociações estão previstas para terminar na última hora de sexta-feira.

O texto final deve deixar a via aberta para discutir, durante a COP21, em Paris, de que forma serão reduzidas as emissões de carbono para limitar a 2º C a elevação da temperatura com relação aos níveis da era pré-industrial.

Em sua breve passagem por Lima, Kerry se reuniu com o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, cujo país sediará no ano que vem as negociações finais.

O governo americano prevê cortar até 2025 suas emissões de carbono entre 26% e 28%, em comparação com os níveis de 2005.

Em acordo com os Estados Unidos, a China também se comprometeu, pela primeira vez, limitar suas emissões, do mesmo modo que a União Europeia.

Crescimento sustentável – O ex-presidente mexicano Felipe Calderón, que encabeça a comissão global de economia e clima, fez um apelo a assumir maiores compromissos.

“Reduzir as emissões de carbono tem um custo que muitos países e companhias privadas não querem assumir”, questionou.

“Crescimento não tem que significar contaminação. Podemos acessar energias renováveis a melhor preço que já tivemos”, ressaltou Calderón.

Os objetivos traçados pelos três grandes emissores de carbono – responsáveis pela produção de mais da metade dos gases de efeito estufa – conseguiram uma redução da elevação da temperatura de 0,2º C a 0,4º C até 2100, um nível ainda “insuficiente” para conter a projeção de aquecimento, segundo o Climate Action Tracker (CAT), um conglomerado de organizações que seguem as políticas de mudanças climáticas.

As estimativas atuais dos cientistas advertem que, com o nível atual de emissões de carbono, as temperaturas aumentariam 4º C no fim do século, causando no futuro fenômenos climáticos extremos que ameaçam a segurança.

“A influência dos seres humanos no sistema climático agora é inquestionável e, enquanto mais alterarmos o clima, mais riscos correremos de sofrer impactos sérios, permanentes e irreversíveis”, alertou nesta quinta-feira Rajendra Pachauri, encarregado do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), grupo de climatologistas chancelado pela ONU.

“Felizmente, temos a forma de frear o aquecimento e construir um mundo mais próspero e sustentável”, disse.

Fonte: UOL

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