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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Planta do tabaco pode ajudar na luta contra o câncer

Cientistas do Instituto LA Trobe de Ciência Molecular identificaram que a molécula presente na flor de uma planta que luta contra fungos e bactérias também possui a habilidade de identificar e destruir o câncer.


A molécula de defesa é chamada de NaD1 e funciona através da formação de uma estrutura que lembra uma pinça. Ela se prende aos lipídios presentes na membrana das células cancerígenas e os rasga deixando-os abertos. Isso permite que a célula expila o seu conteúdo e exploda.
Os resultados foram publicados na revista eLife. O pesquisador principal, Dr. Mark Hulett disse que a descoberta tem potencial para ser usada no tratamento do câncer.

“Existe certa ironia no fato de um poderoso mecanismo de defesa contra o câncer ser encontrado em uma flor de espécie ornamental da planta do tabaco, mas é uma descoberta bem vinda, independente da origem”, comentou o Dr. Hulett.

O próximo passo é a realização de estudos pré-clínicos para determinar como a NaD1 pode ser capaz de agir no tratamento do câncer . O trabalho pré-clínico está sendo conduzido pela Hexima, companhia de biotecnologia de Melbourne . Até agora, os testes preliminares foram considerados promissores.

“Um dos maiores problemas com as terapias atuais contra o câncer é que o efeito do tratamento é indiscriminado”, afirmou o Dr Hulett. “Em contrapartida, nós encontramos a NaD1, que pode atingir as células cancerígenas e tem pouco ou nenhum efeito sobre aquelas que são saudáveis”, continua o pesquisador.

Dr. Hulett disse que os cientistas já sabem há algum tempo sobre as moléculas que formam a primeira linha de defesa contra a invasão microbiana em todas as espécies animais e vegetais. Mas até agora ninguém sabia como as moléculas realmente faziam o seu trabalho.

“Nós descobrimos como esse processo de defesa universal funciona e que também pode ser aproveitado para o desenvolvimento de outras aplicações terapêuticas, incluindo o tratamento com antibióticos para infecções microbianas”, afirmou o Dr. Hulett.

A descoberta é o resultado de uma colaboração multidisciplinar entre os cientistas do laboratório do Dr. Hulett, em biologia do câncer, e do laboratório do Dr. Marc Kvansakul, de biologia estrutural da Universidade La Trobe.

A pesquisa utilizou equipamentos do Syncroton de Melbourne, na Austrália, e foi apoiado pela Hexima Ltd, Balmoral Pty Ltd e pelo Conselho de Pesquisa Australiano.

Fonte: Mercado Ético

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