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terça-feira, 15 de outubro de 2013

A difícil homenagem a Chico Mendes

Grupo se nega a batizar comissão com nome de líder seringueiro

A bancada ruralista se incomoda com os mínimos detalhes. Agora, o grupo se recusa a dar o nome de Chico Mendes ao pequeno plenário onde funciona a Comissão da Amazônia na Câmara dos Deputados. Os ruralistas, a partir desta legislatura, dominam e são maioria na comissão. O projeto que batiza aquele espaço de Chico Mendes, da deputada Janete Capiberibe (PSB-AP), foi aprovado no plenário da Câmara há cinco meses, e, até agora, a homenagem não se consumou: não foram instalados placa e foto do líder seringueiro, nem houve qualquer celebração, como é de praxe nesse tipo de evento.

Os deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária que fazem parte da comissão criticam duramente a escolha do nome de Chico Mendes, assassinado em dezembro de 1988 pelos fazendeiros Darly Alves da Silva e Darly Alves Ferreira, em Xapuri, no Acre. Moreira Mendes (PSD-RO), um dos coordenadores do grupo, chama de infeliz escolha.

— Como conheço bem a história do Chico Mendes,
porque sou da região, eu te digo que é uma farsa. Não tem nada a ver essa ideia de dar o nome dele a uma comissão ligada ao desenvolvimento — disse Moreira Mendes.

O deputado e produtor de arroz Paulo César Quartiero (DEM-RR), que resistiu à demarcação contínua de Raposa Serra do Sol, em Roraima, é um dos principais opositores da proposta.

— Essa homenagem é um blefe. Chico Mendes foi um factoide criado pelas ONGs. — disse Quartiero.

Janete Capiberibe, que deixou a comissão há um mês por ter sido destituída da rela-toria do projeto que cria o Conselho Nacional de Política Indigenista, disse que vai lutar
para o cumprimento da decisão do plenário da Câmara.

— Eles vão ter que dar o nome de Chico Mendes. Vou brigar por isso. Não é questão de escolha.

Dos 16 plenários onde funcionam as comissões temáticas da Câmara, dez são batizados com nomes de políticos ou personalidades. O sociólogo Florestan Fernandes batiza o plenário da Comissão de Educação; o geógrafo Milton Santos é o nome do plenário da Comissão de Desenvolvimento Urbano; Roberto Campos dá nome ao plenário da Comissão de Economia; Franco Montoro, à Comissão de Relações Exteriores; Adão Pretto (ex-deputado ligado ao MST), à Comissão de Direitos Humanos.

Fonte: O Globo

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