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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

RJ: São mais de 2 bilhões gastos – basta de paliativos para limpar nossas lagoas

Nós do LAGOA VIVA e parceiros, não vamos nos omitir jamais, nem perder a oportunidade de cobrar dos governos o compromisso que integra o CADERNO DE ENCARGOS DAS OLIMPÍADAS, para despoluir de verdade o COMPLEXO LAGUNAR Barra da Tijuca/Jacarepaguá.

O Programa de Recuperação Ambiental desenvolvido em conjunto pelo Município e o Estado, tem que promover condições/campanhas em parcerias locais, para que milhares de moradores que anseiam por lagoas limpas se voltem para esta CAUSA, direcionar esforços de mobilização participativa, priorizar os mais pobres e suas carentes comunidades.

O Complexo Lagunar é o depósito para onde escoam as águas dos mais de 40 rios que vertem dos Maciços da Tijuca e Pedra Branca, acúmulo de resíduos, esgoto e sedimentos de dezenas comunidades ribeirinhas.

As lagoas continuam sendo assoreada porque as ocupações regulares e irregulares que existem na região movimentam o solo e retiram a vegetação ciliar, que fixa a terra. A erosão leva os sedimentos para os córregos e rios, estes até a lagoa, onde o material fica depositado.

O Estado já investiu em dragagem de forma tímida, nunca atacou a origem, agora durante 24 meses, mais esse vultoso investimento de mais de 600 milhões para retirada de toneladas de sedimentos e lixo do Canal da Joatinga, lagoas de Marapendi, Tijuca, Camorim e Jacarepaguá na tão atrasada e necessária retomada da dragagem.

O problema é que enquanto o projeto pretende retirar 6milhões m3 de terra e sujeira, os afluentes continuam depositando milhares de m3 desses materiais dia a dia.Vai ter uma melhora parcial, mas a durabilidade vai ser muito curta e a eficácia muito pequena para a dimensão do problema que a gente tem, se não encararmos o maior desafio, investir nas áreas carentes.

Registro também que lá se vão mais de sete anos de dinheiro aplicado para operar o recolhimento e descarte nas ECOBARREIRAS, local de acúmulo/retirada de resíduos flutuantes, foco de mosquitos nas gigógas retidas. Até quando?

O Município vai aplicar recursos em mais quatro dispendiosas Unidades de Tratamento de Rios (UTRs), as redes de contenção dos resíduos lançados rio acima, vão trazer sim, algum beneficio ao espelho d´água das lagoas, mas é jogar dinheiro no esgoto, alto custo operacional e aplicação de toneladas de produtos químico que interferem na vida aquática. Até quando?

Nós temos é que atacar as origens, garantir a qualidade da água, controlar o uso do solo,buscar o reassentamento dos ocupantes de risco das faixas marginais, revitalizá-las, criando áreas de lazer, priorizar ações na conservação ambiental para minimizar até cessar o lançamento definitivo dos dejetos rio por rio.

Nós do LAGOA VIVA e demais membros do Subcomitê do Sistema Lagunar de Jacarepaguá,com sua forte representação, composta do poder público, usuários da água e sociedade civil que preconiza o gerenciamento dos recursos hídricos de forma, integrada, compartilhada e descentralizada, temos urgente que priorizar a elaboração e fazer cumprir o PLANO DA BACIA HIDROGRÁFICA DE JACAREPAGUÁ.

Nós do LAGOA VIVA e parceiros vamos unidos envolver moradores locais, atacar a origem, formar e capacitar centenas de Agentes Ambientais Comunitários, limpar rio a rio, revitalizar o entorno de suas margens e nascentes, reciclar e destinar o lixo corretamente, tratando esgoto possivelmente, com biodigestores para as pequenas comunidades e melhorar as condições de saúde e de vida dessa sofrida população.

Nós do LAGOA VIVA e parceiros compromissados com a CAUSA, priorizamos as ações,continuamos determinados a executar, estimular, contribuir e envolver os mais diverso segmentos da comunidade para boas práticas de gestão ambiental local, desenvolver campanhas, material educativo, vídeos, eventos de sensibilização, seminários, palestras e apoiar projetos de educação ambiental nas escolas e nas comunidades ribeirinhas.

Nós do LAGOA VIVA sempre acreditamos e proporcionamos há treze anos a difusão de conhecimentos, voltados para o CUIDADO AMBIENTAL LOCAL ,processo de construção de valores para o exercício da cidadania no convívio comunitário.

Nós do LAGOA VIVA, membro/fundador do SUBCOMITÊ de JACAREPAGUÁ e do CONSELHO GESTOR DO PARQUE ESTADUAL DA PEDRA BRANCA vamos lutar para elaboração do PLANO DE MANEJO do parque e a efetiva destinação dos recursos previstos nas compensações ambientais obrigatória das grandes obras locais para projetos de revitalização/conservação/educação AMBIENTAL.

Nós do LAGOA VIVA, vamos lutar pelo Pagamento de Serviços Ambientais (PSA) e pela instituição do Imposto de Renda Ecológico.

Vamos usá-lo para atacar as origens, melhorar as condições de saneamento e de vida dessa população, chegou a hora de priorizar políticas e investimentos públicos e privados para a EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Até quando as autoridades vão temer, enfrentar o desafio de sanear comunidade por comunidade, revitalizar e conservar nossos corpos hídricos permanentemente?

Nós do LAGOA VIVA e todos, não podemos continuar a permitir nossas crianças a brincar nos valões e que a parte mais carente da população que nos atende, continue na mesma.

Outros conseguiram, nós unidos também podemos.

QUAL O LEGADO AMBIENTAL DAS OLIMPÍADAS QUE QUEREMOS?

Donato Velloso- Pres. Lagoa Viva, Diretor do SUBCOMITÊ da Bacia Hidrográfica de Jacarepaguá, Diretor de Ecodesenvolvimento da ACIBARRA

Fonte: EcoDebate

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