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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Megacidades têm desafio de conciliar crescimento e ar limpo

Em janeiro, imagens apocalípticas percorreram o mundo. O ar sobre as ruas de Pequim escureceu por conta de poeira e partículas de sujeira. O sol se tornou apenas um ponto luminoso distante no horizonte. Nas filas de veículos pelas ruas da capital chinesa, passavam pessoas usando máscaras de proteção para respirar. O governo aconselhou a todos que ficassem ao ar livre o mínimo possível. Uma nuvem gigante de poluição envolveu o país desde a costa leste e fez disparar o número de problemas respiratórios e cardiovasculares.

Preocupado com a situação, o jovem cientista chinês Yu Lei pesquisa a qualidade do ar. Ele vive em Pequim e faz parte de grupo do Ministério do Meio Ambiente do país que busca alternativas para reduzir a poluição. O pesquisador está empenhado, por exemplo, em descobrir como ajudar as megalópoles que se formam rapidamente nos mercados emergentes,.

Para isso, pretende responder questões como com quais foram os erros cometidos por países industrializados do Ocidente que podem ser evitados pelas nações de economia emergentes. Yu Lei também quer identificar que medidas foram mais eficazes e quais surtiram menos efeito.

Para melhorar o quadro da China, Yu Lei aponta algumas medidas, como a troca do carvão por gás, o uso de fontes de energia alternativas e a definição de limites para as emissões.

“A longo prazo, no entanto, a estrutura econômica do país precisa mudar”, opina. E isso, argumenta, significaira uma economia mais voltada para o setor de serviços e menos para a indústria.

De acordo com o World Factbook, uma espécie de almanaque sobre os países feito pela CIA (agência de inteligência americana), a fatia do mercado de serviços respondeu por 44,6% da economia chinesa no ano passado. Em comparação, esse percentual chega a 70% na Alemanha, 80% na França e 67,2% no Brasil.

Na capital mexicana, melhora significativa – A Cidade do México, com 20 milhões de habitantes, enfrentou problemas parecidos e ficou conhecida no mundo todo pelo combate à poluição do ar. Em 1990, as medições apontavam que apenas em nove dias do ano a qualidade do ar podia ser considerada boa.

Em 2012, essa soma pulou para 237 dias. “Há 20 anos, o ar estava tão ruim que os pássaros caiam mortos nas ruas”, lembra Martha Delgado Peralta, ex-ministra do Meio Ambiente do México. Na época, governo e população perceberam que era preciso mudar e um plano de reformas em longo prazo foi traçado.

Fábricas com grandes taxas de emissão, como refinarias, tiveram que mudar para fora da cidade. A qualidade do combustível também foi melhorada e cada um dos então 5 milhões de carros que circulavam pela cidade teve que ficar na garagem um dia por semana.

Além disso, o planejamento previu melhoras no metrô, no sistema de ônibus e introduziu um sistema de uso compartilhado de bicicletas. Apesar de reconhecer que muito foi feito, Martha Peralta tem reservas: “Ainda temos cem dias por ano em que a qualidade do ar precisa melhorar. É uma luta diária.”

Melhorar a qualidade do ar é sim uma batalha, mas faz parte de uma guerra que vale a pena. O cientista Yo Lei concorda em tom de esperança. No caso da China, no entanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido antes que as pessoas possam respirar com qualidade em Pequim ou Xangai.

Bascos como exemplo – Na Europa, o quadro é outro. Desde que a União Europeia começou a estabelecer limites para uma série de poluentes, ainda na década de 1970, o ar ficou notavelmente mais limpo. Os índices de dióxido de enxofre caíram quase 55% nas duas últimas décadas.

Um bom exemplo disso é a capital do País Basco, Vitoria-Gasteiz. A cidade foi escolhida a Capital Verde da Europa em 2012. Assim como no México, o governo local também baniu as empresas poluentes da cidade, melhorou o transporte público, construiu calçadas e ciclovias.

O prefeito, Javier Maroto Aranzábal, conta que agora 65% de todo o aquecimento da cidade é a base de gás. Mas o político garante que mudar o comportamento das pessoas tem sido a tarefa mais difícil.

“As melhorias são resultado de esforços conjuntos do governo, da indústria e dos cidadãos”, assegura. Sem isso, afirma, elas não acontecem.

Fonte: Terra

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