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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Brasil é o sétimo maior consumidor de energia do mundo, afirma Banco Mundial

Quantas pessoas no mundo inteiro carecem de acesso à eletricidade e aos combustíveis domésticos seguros? Qual é a parcela de uso de energia renovável em todo o mundo? O que estamos fazendo para melhorar a eficiência energética?
O Relatório Estrutura de Acompanhamento Global da Energia Sustentável para Todos, publicado no Fórum de Energia, em Viena (Áustria), no dia 28 de maio, responde a essas perguntas e pode indicar rumos para as políticas brasileiras, que é o sétimo maior consumidor de energia do mundo, segundo o documento. O país está atrás da China, EUA, Rússia, Índia, Japão e Alemanha.

O estudo apresenta dados nacionais e globais, que indicam o tamanho dos desafios para que os países cumpram os três objetivos da iniciativa Energia Sustentável para Todos (SE4ALL). São eles: proporcionar acesso universal à energia moderna, dobrar o uso de energia renovável e duplicar a taxa de melhoria da eficiência energética – tudo isso até 2030.

Atualmente, no mundo, cerca de 1,2 bilhão de pessoas (quase a população da Índia) não têm acesso à eletricidade e 2,8 bilhões dependem da lenha ou de outra fonte de biomassa para combustível doméstico, que quando estão na fase sólida poluem o ambiente e prejudicam a saúde, o que contribui para cerca de 4 milhões de mortes prematuras, na maioria de mulheres e crianças.

O relatório identificou os países de alto impacto que oferecem o maior potencial de progressos rápidos. Vinte países na Ásia e na África representam cerca de dois terços de todas as pessoas sem acesso à eletricidade e três quartos dos usuários de combustíveis domésticos sólidos. Outros 20 países de alto impacto – entre eles, o Brasil – são responsáveis por 80% do consumo de energia e deverão liderar o caminho para duplicar a parcela de fontes renováveis a 36% da mescla global de energia e dobrar a melhoria da eficiência energética.

Um exemplo de progresso entre esses países é a China: o país mais populoso do mundo é o maior consumidor de energia, mas está também liderando o mundo em expansão da energia renovável e na taxa de melhoria da eficiência energética.

O relatório concluiu que, para o alcance das metas, serão necessárias medidas políticas, que devem incluir incentivos fiscais, financeiros e econômicos, fim dos subsídios a combustíveis fósseis e definição do preço do carbono. A comunidade global também terá de investir em melhorias energéticas, apontou o documento, que estima os atuais investimentos em energia: cerca de 409 bilhões de dólares por ano. O valor deve dobrar para alcançar as três metas.

Segundo o Banco Mundial, seriam necessários entre 600 e 800 bilhões de dólares adicionais, incluindo pelo menos 45 bilhões de dólares para expansão da eletricidade, 4,4 bilhões de dólares para combustíveis destinados à culinária moderna, 394 bilhões para eficiência energética e 174 bilhões para energia renovável.

Qual é o ritmo de expansão do acesso à energia?

Embora 1,7 bilhão de pessoas tenham conseguido acesso à eletricidade entre 1990 e 2010, a taxa estava ligeiramente à frente com relação ao crescimento da população (em 1,6 bilhão) no mesmo período. O ritmo dessa expansão terá que dobrar para atingir a meta de 100% até 2030. Chegar a esse ponto exigirá um investimento adicional por ano de 45 bilhões de dólares em acesso, cinco vezes o nível anual.

Do ponto de vista do aquecimento global, no entanto, o custo dessa expansão é baixo: levar a eletricidade às pessoas aumentaria as emissões globais de dióxido de carbono em menos de 1%.

SE4ALL e relatório

A Energia Sustentável para Todos, uma coalizão global de governos, setor privado, sociedade civil e organizações internacionais, pretende alcançar a meta dobrando o volume de energia renovável na mescla global de energia, passando da parcela atual de 18% para 36% até o ano limite. A iniciativa também procura dobrar a taxa de melhoria da eficiência energética.

O SE4ALL foi lançado em 2011 pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que atualmente preside o conselho consultivo juntamente com o presidente do Grupo Banco Mundial, Jim Yong Kim.

A Estrutura de Acompanhamento Global é um marco nesse esforço, afirmou Rachel Kyte, vice-presidente do Banco Mundial para a área de Desenvolvimento Sustentável e membro da iniciativa Energia Sustentável para Todos. “A estrutura oferece parâmetros para cumprir as metas globais de energia”, afirmou ela. “Todos poderão medir o progresso com relação a essas informações de base. E sabemos que isso é importante, porque o que se mede é o que será feito.”

Fonte: Mercado Ético

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