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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Cientistas afirmam que Europa precisa de transgênicos

"A UE proibiu muitos pesticidas, mas aprova a importação de produtos alimentícios tratados com produtos químicos proibidos", destaca o artigo


A estratégia da União Europeia (UE) com relação aos alimentos geneticamente modificados ameaça causar a ruína econômica do bloco regional, ao forçá-lo a depender do restante do mundo para se alimentar, alertaram cientistas europeus nesta quinta-feira.

 Em artigo de revisão publicado na revista Trends in Plant Science, cientistas da Grã-Bretanha e da Espanha disseram que as políticas bem intencionadas da UE fracassaram, frustrando a inovação e asfixiando os pequenos agricultores aos quais deviam proteger.

"O que surgiu é um marco jurídico fragmentado, contraditório e impossível, que ameaça com um desastre econômico", destaca o artigo.

A Europa aprovou uma estratégia que defende a separação dos cultivos convencionais e geneticamente modificados com a finalidade de oferecer uma alternativa aos consumidores e aos agricultores.

Mas a "aplicação irregular destas medidas sem coordenação ou uma base científica racional" equivale a uma moratória de fato sobre os cultivos geneticamente modificados, como o milho, o algodão e a soja, dizem os cientistas.

Como resultado, os países europeus se veem obrigados a importar estes produtos devido a que não podem produzi-los em casa nas quantidades necessárias.

Um dilema semelhante ocorreu com os pesticidas.

"A UE proibiu muitos pesticidas, mas aprova a importação de produtos alimentícios tratados com produtos químicos proibidos", destaca o artigo.

Os esforços para suprimir a agricultura geneticamente modificada são "mais ideológicos do que científicos" e estão provocando o crescente isolamento da UE em escala mundial, prossegue.

A solução é aceitar os cultivos transgênicos, fazer políticas com base científica e eliminar as contradições em torno do cultivo e da importação de alimentos transgênicos, afirma o pesquisador Paul Christou, do Centro da Universidade de Lleida-Agrotecnio na Espanha.

"Na falta de tal mudança, em última instância, a UE vai depender quase inteiramente do resto do mundo para os produtos alimentícios e o progresso científico, ironicamente porque o resto do mundo adotou tecnologia que é tão impopular na Europa, ao se dar conta de que é a única forma de obter uma agricultura sustentável", diz.

Fonte: Revista Exame

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